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O Morgan Stanley aposta na maior demanda por semicondutores ligada ao crescimento da inteligência artificial (IA) e, com isso, vê potencial de ganho em outras ações do setor além de Nvidia e AMD, as mais conhecidas.
Agora, o banco está de olho em fabricantes da Ásia. Pelas contas do Morgan, o mercado de semicondutores voltados para IA irá atingir um total de US$ 43 bilhões neste ano, 8% do mercado total. Já para 2027, a expectativa do cenário-base é que esse mesmo mercado atinja US$ 125 bilhões, o que passaria a responder por 15% da demanda de semicondutores totais.
Há ainda alguns fatores que podem acelerar esse crescimento: a IA se mostrar de fato efetiva para o aumento da produtividade; e o aumento do número de aplicativos que possam ser utilizados pelos consumidores, como o ChatGPT.
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Esse mercado em crescimento tem sido liderado pela fabricante Nvidia, que, devido à potencial demanda por semicondutores para IA, atingiu o valor de mercado de US$ 1 trilhão nas últimas semanas. Para o Morgan Stanley, até mesmo a questão energética – semicondutores demandam mais energia – deve ser contornada, facilitando o desenvolvimento desse mercado.
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“Os custos e as necessidades de energia são as duas principais limitações para o futuro da computação em IA. Esperamos, portanto, que ocorra um aumento do uso eficiente da energia e menores custos”, segundo relatório da instituição financeira.
Essa competição se dá principalmente nas empresas que trabalham com GPUs (unidades de processamento gráfico), mas também nas que trabalham com tecnologia de circuitos integrados específicos para cada aplicação, que são chamadas de ASICs, e em tese possuem um custo menor.
“Esperamos que a IA em ASICs assumirá até 30% da participação no mercado de IA em nuvem até 2027, baseado na maior escala da demanda, justificando o custo inicial dos circuitos específicos personalizados; a necessidade de diversificação de fornecedores devido ao forte poder de barganha da Nvidia; a competividade de serviços de chips personalizados na Ásia; e os esforços da China para se posicionar em semicondutores para IA por meio de circuitos ASIC”, avaliou a área de análise da instituição financeira.
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Diversificação de fornecedores
É por essa razão que, embora vá continuar a demanda por semicondutores do tipo GPUs, segmento em que a Nvidia e a AMD lideram, esse mercado será superado pelos do tipo ASICs, dados os custos mais baixos.
“Vemos que a TSMC, Alchip, GUC, Andes e ASM Pacific como facilitadores importantes [desse mercado] na Ásia”, avaliam os analistas.
É para as ações dessas cinco empresas que o Morgan Stanley tem uma visão overweight no momento – ou seja, são papéis que devem ter desempenho acima da média.
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O maior potencial de valorização, de 26%, é visto nos papéis da TSMC, de Taiwan. A expetativa é de que 13% da receita da TSMC venha da fabricação de chips para IA em 2027.
Já o segundo maior potencial de valorização é esperado para a Andes, também de Taiwan, com uma expectativa de 25%.
Também são esperados potenciais de valorização significativos para a ASM Pacific, de Cingapura, a Alchip e a GUC, ambas de Taiwan. O upside é de 22%, 145 e 12%, respectivamente.
Além dessas cinco, que são as prediletas entre as empresas da Ásia, o Morgan Stanley também destacada outra empresa de Taiwan, a Kiec, com potencial de ganho de 11%.