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A Bolsa de Valores do Brasil, B3 (B3SA3), adiou para o segundo semestre o lançamento de um contrato futuro de Bitcoin (BTC). Anteriormente, a previsão era de que a novidade fosse ofertada em 30 de junho, mas um cronograma disponível no site da Bolsa passou a apontar disponibilidade em 30 de setembro.
Contatada, a B3, afirmou em nota que a disponibilidade ao mercado dos futuros de criptomoedas está em análise pelo regulador – no caso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“A comunicação de lançamento do produto pela B3 será realizada com pelo menos um mês de antecedência para que o mercado possa se preparar. A previsão de entrega é para o 3º trimestre de 2023”, disse a Bolsa.
Não é a primeira vez que o produto tem chegada postergada. Quando foram anunciados em 2022, durante teleconferência de resultados da B3, os futuros de cripto tinham prazo inicial de seis meses para chegar ao mercado.
Na época, o diretor financeiro da B3, André Milanez, explicou que a Bolsa estava trabalhando em iniciativas para mercados não regulamentados de criptomoedas, construindo uma infraestrutura para clientes poderem oferecer acesso ao mercado cripto para seus usuários finais.
O que é contrato futuro
Um contrato futuro representa o compromisso de comprar ou vender um determinado ativo em uma data futura por um preço predefinido. O veículo é muito utilizado para se fazer hedge (proteção) e estratégias de alavancagem, além de permitir algumas outras operações estruturadas.
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Seu funcionamento requer o uso de um índice de referência, utilizado como base do preço atual do ativo ao qual esse derivativo se refere. Há no Brasil diversos tipos de contratos futuros, como de dólar, ouro, soja, boi, entre outros.
Segundo noticiado pelo InfoMoney no ano passado, os futuros de Bitcoin da B3 irão tomar por base um índice de BTC desenvolvido pela Nasdaq em parceria com a gestora Hashdex, o mesmo utilizado pelo ETF (fundo de índice) BITH11.
No exterior, a CME (Chicago Mercantile Exchange), a maior bolsa de commodities do mundo, tem um futuro de Bitcoin em dólar desde 2017.
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Os EUA, no entanto, estão bem atrás do Brasil em produtos de criptomoedas: enquanto os americanos ainda aguardam por ETFs com exposição direta a ativos digitais, o Brasil já conta com 13 produtos dessa categoria negociados na B3.