Haddad confirma antecipação de reoneração do diesel, diz que medida tira pressão inflacionária de 2024

Ministro disse ainda que R$ 500 milhões serão usados para cobrir os créditos tributários para o setor de automóveis

Equipe InfoMoney

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em audiência pública na Câmara dos Deputados (Vinicius Loures / Câmara dos Deputados)
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), em audiência pública na Câmara dos Deputados (Vinicius Loures / Câmara dos Deputados)

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou, nesta segunda-feira (05), que o governo vai antecipar para este ano parte da reoneração do diesel que estava previsto para acontecer em janeiro, e disse que os recursos serão usados para financiar o novo programa de estímulo a compra de veículos, baseado em crédito tributário para a indústria.

Segundo Haddad, dos R$ 0,35 da reoneração do diesel que estava previsto para acontecer em janeiro, R$ 0,11 já voltarão a incidir sobre o combustível dentro de 90 dias, a partir de setembro. Com a novidade, o governo irá arrecadar R$ 1,5 bilhão, integralmente direcionados ao programa.

“Fecha a conta virtuosamente, estimula a indústria que está com ameaças de férias e demissões, e em pouco tempo, com diminuição das taxas de juros, o mercado de crédito deve voltar à normalidade em algum momento no futuro”, declarou Haddad, para quem o programa é “enxuto, bem financiado” e sustentável do ponto de vista social e ambiental. “Serve de ponte para o momento em que o crédito volte à normalidade”, emendou.

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O anúncio inicial do programa para o setor automotivo no final de maio causou incertezas sobre qual solução fiscal Haddad daria para bancar os descontos. A medida foi divulgada justamente no momento em que a Fazenda tenta melhorar os índices de arrecadação, com vistas a reduzir o déficit primário do Governo Central deste ano, estimado pela pasta em R$ 136,157 bilhões.

Haddad afirmou que a medida vai reduzir a pressão inflacionária em 2024.

O ministro disse ainda que R$ 500 milhões serão usados para cobrir os créditos tributários para o setor de automóveis, R$ 700 milhões para caminhões e R$ 300 milhões para ônibus.

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Segundo Haddad, o programa vai estimular concorrência entre montadoras para que disputem mercado.

*Com Reuters e Estadão Conteúdo.