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O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha caiu 0,3% no primeiro trimestre de 2023 em relação ao quarto trimestre de 2022, de acordo com dados sazonalmente ajustados divulgados nesta quinta-feira (25) pelo Destatis, o departamento federal de estatísticas do país. Como a economia alemã já havia registrado uma queda de 0,5% no último trimestre de 2022, o dado de hoje mostrou que o país entrou em recessão técnica.
O resultado do PIB no trimestre inicial de 2023 ficou abaixo da prévia do Destatis e também do consenso Refinitiv, que estimavam estabilidade (0,0%) no período.
Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, o PIB alemão caiu 0,2%. Com ajuste de preços e calendário, a queda foi maior (-0,5%), pois houve um dia útil a mais do que no ano anterior.
Segundo o Destatis, a persistência de elevados aumentos de preços continuou a pesar sobre a economia alemã no início do ano. Isso se refletiu principalmente nas despesas de consumo final das famílias, que caíram 1,2% no primeiro trimestre de 2023.
Essa relutância das famílias em comprar manifestou-se nas mais diversas áreas: foram registrados gastos menores alimentação e bebidas, vestuário, calçados e móveis no primeiro trimestre de 2023 do que no trimestre anterior, segundos dados com ajustes sazonais e de preços.
Além disso, as famílias compraram menos carros novos, o que provavelmente se deve, em parte, à descontinuação dos subsídios para veículos híbridos e à redução dos subsídios para veículos elétricos no início de 2023. As despesas de consumo final do governo também diminuíram consideravelmente, em -4,9 % em relação ao trimestre anterior.
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Em contraste, o investimento aumentou em relação ao quarto trimestre de 2022. Após um fraco segundo semestre de 2022, a formação bruta de capital fixo na construção aumentou significativamente 3,9%. A FBCF em máquinas e equipamentos também foi significativamente maior no início do ano (+3,2%).
Contribuições positivas também vieram do comércio exterior: em comparação com o quarto trimestre de 2022, as exportações de bens e serviços cresceram 0,4%, com destaque para o comércio de plásticos e produtos de metal. Já as importações totais diminuíram 0,9%, devido, em parte, à redução das importações de combustíveis minerais – como petróleo bruto e derivados de petróleo – e produtos químicos.