Orizon (ORVR3), Braskem (BRKM5), Nubank (NUBR33), Oncoclínicas (ONCO3) e mais: as recomendações de ações que agitaram esta terça

Orizon teve recomendação iniciada pelo BBA, Goldman reforçou compra em Nubank e casas elevaram preços-alvo para ONCO3, SMTO3 e BRKM5

Felipe Moreira

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Mais um grande número de revisões de recomendações de ações de diversos setores marca a sessão do Ibovespa. Em destaque, o Itaú BBA iniciou cobertura para a Orizon (ORVR3) com recomendação equivalente à compra, enquanto Goldman Sachs reforçou recomendação de compra para os ativos negociados na Bolsa de Nova York do Nu (NUBR33), controlador do Nubank.

Entre as mudanças de preço-alvo, atenção para as elevações de Onconclínicas (ONCO3) pela XP, enquanto o Credit Suisse elevou para São Martinho (SMTO3) e Citi elevou para a Braskem (BRKM5).

Nesta terça-feira (23), as ações ORVR3 subiram 1,82% (R$ 35,80), os BDRs do Nubank avançaram 3,70% (R$ 5,60), ONCO3 teve leve alta de 0,46% (R$ 10,95) e SMTO3 valorizou 0,31% (R$ 36,01). Já BRKM5, após chegar a subir forte, fechou com leve queda de 0,56% (R$ 23,27).

Confira as análises:

Orizon (ORVR3)

O Itaú BBA iniciou a cobertura das ações da Orizon (ORVR3) com classificação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 48, o que representa um potencial de valorização de 36,5% frente a cotação de fechamento de segunda-feira (22) de R$ 35,16.

Analistas pontuam que a “Orizon está construindo um negócio único e verticalizado, desempenhando um papel importante em um mercado ainda incipiente e com altas barreiras de entrada para potenciais concorrentes”. Desde 2019, a Orizon tem visto uma taxa de crescimento anual composto (CAGR) de quase 20% de sua receita.

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Embora a ação tenha superado consideravelmente o Ibovespa nos últimos 12 meses (alta de 18% em relação ao ano anterior), eles ainda veem o nome sendo negociado a uma avaliação atraente, com valorização estimada de 38% e uma taxa interna de retorno (TIR) real implícita de 15%.

São Martinho (SMTO3)

Os analistas do Credit Suisse mantiveram a recomendação das ações da São Martinho em outperform e aumentaram o preço-alvo dos papéis de R$ 24 para R$ 47, segundo relatório a clientes desta terça-feira.

Segundo o documento, a principal razão para o aumento no preço-alvo é a elevação das estimativas de preços do açúcar (US$ 19 por libra peso, ou lb, no longo prazo) e etanol (R$ 2,80 por litro para o etanol hidratado nacional no longo prazo), “dada a dinâmica de oferta/demanda global mais apertada e preço do etanol consistente com os recentes aumentos de impostos e paridade com a visão da Credit Suisse de preços do petróleo brent de longo prazo de US$ 70 o barril”.

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O Credit Suisse lembra que a São Martinho está programada para divulgar os resultados do 4T23 em 19 de junho, no qual espera que a empresa reporte bons resultados. Com o benefício da alta dos preços do açúcar durante o 4T23 (ano-calendário do 1T23), os resultados devem ser impulsionados.

No geral, espera um lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de R$ 904 milhões (alta anual de 17%), com um lucro líquido de R$ 442 milhões (alta anual de 96%).

Oncoclínicas (ONCO3)

A XP Investimentos atualizou suas estimativas para Oncoclínicas (ONCO3) e aumentou o preço-alvo para o final de 2023 de R$ 9,30 para R$ 16,60, mantendo recomendação de compra.

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Na visão da instituição, a Oncoclínicas está em um caminho positivo, demonstrando ganhos de eficiência e potencial de crescimento. “A empresa continuou a fazer acordos de exclusividade para impulsionar o crescimento e garantir a sua participação em mercados relevantes”, destaca o relatório.

Além disso, a empresa acabou de firmar um acordo com a Unimed-Rio que melhora o perfil de risco do negócio e a qualidade dos seus resultados. Por fim, analistas ressaltam que a empresa superou as estimativas na maioria dos últimos trimestres.

Braskem (BRKM5)

O Citi atualizou suas estimativas para Braskem com objetivo de refletir os resultados do primeiro trimestre de 2023 e suas projeções para os próximos trimestres, uma que espera ver uma taxa de utilização da capacidade mais alta no Brasil. O banco projeta maior produção de etileno, enquanto haverá menor produção de polipropileno nos EUA devido a uma parada programada de manutenção e avanço na produção de polietileno no México, tendo em vista o acordo entre a PEMEX e a Braskem Idesa.

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Nesse sentido, o banco manteve recomendação equivalente à compra para ações da Braskem e elevando o preço-alvo de R$ 26 para R$ 29.

O Citi acredita que a companhia está entrando em seu ponto de inflexão, apresentando melhores indicadores operacionais ao longo de 2023, com perspectivas de demanda mais elevadas em todas as regiões onde a empresa atua, o negócio pode estabelecer um preço mínimo importante para as ações da petroquímica neste momento.

Apesar de acreditar que a empresa apresentará melhores resultados nos próximos trimestres, o banco aponta que a principal discussão sobre a tese de investimento da empresa estará centrada na sua potencial aquisição, após a oferta pela petroquímica feita pela Apollo e pela ADNOC (ainda que cerca de impasses).

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A proposta não vinculante recebida pela Novonor estabelece R$ 47 por ação com os ajustes usuais a este tipo de transação, que poderá representar 4% entre a assinatura e a conclusão da operação. O preço por ação se divide em R$ 20 pagos à vista, em dinheiro; R$ 20 pagos com debêntures perpétuas emitidas pelos veículos adquirentes, com taxa de 4% ao ano; e aproximadamente R$ 7 com o pagamento diferido na forma de “warrant” (garantia).

“Nesse ponto, vemos um preço mínimo interessante para as ações em R$ 27 por ação, já que os R$ 20 por ação e o VPL [Valor Presente Líquido] da debênture dariam esse valor aos acionistas minoritários. O principal risco aqui está relacionado a uma potencial aquisição da Petrobras e aos termos, pois não está claro se os acionistas minoritários terão os mesmos direitos de tag along que nos termos da aquisição da Adnoc. O potencial de valorização permanece na avaliação potencial da debênture (qual é a taxa de desconto correta) e no valor da garantia”, aponta.

Nu (NUBR33)

O Goldman Sachs reforçou recomendação de compra para os ativos da Nu Holding, dona do Nubank, negociados na Bolsa de Nova York. O preço-alvo é de US$ 10, ou um potencial de valorização de 50,6% ante o fechamento da véspera.

Os analistas comentam que o Nubank continua a superar as expectativas, apresentando níveis saudáveis de ROE (Retorno sobre o Patrimônio Líquido) muito mais cedo do que o esperado.

Analistas destacam que a capacidade de atender a uma ampla escala de clientes com uma base de custos muito mais enxuta do que os concorrentes deve permitir ao Nu continuar colhendo os benefícios da alavancagem de seu balanço patrimonial, especialmente porque demonstrou habilidade em gerenciar um ciclo de crédito desafiador e expandir sua carteira de empréstimos.

Embora alguns investidores apontem um múltiplo P/BV (Preço/Valor Patrimonial) elevado como uma barreira, o Goldman Sachs acredita que uma métrica mais apropriada seja um múltiplo P/E (Preço/Lucro) ajustado para o crescimento, especialmente porque a empresa ainda possui capital excedente que ainda não foi utilizado e que pode gerar ROEs acima de 30%. De fato, com um múltiplo P/E esperado de 21,0 vezes para 2024 e um crescimento esperado do lucro por ação de 95% em 2025, os analistas consideram a avaliação atrativa.