Ifix emenda sexta semana seguida de ganhos; FII SARE11 sobe 4% e é destaque do dia

E mais: 12 fundos pagam dividendos; HGRE11 vende imóveis por R$ 4,6 mi; endividamento do RELG11 cai para R$ 6,8 mi; BPML11 tem mais um mês de dividendo zero

Wellington Carvalho

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O Ifix – índice dos FIIs mais negociados na Bolsa – fechou nova sessão no campo positivo e completou 17 pregões seguidos de ganhos. Agora, o indicador iguala a sequência encerrada em 8 de junho de 2020, a maior dos últimos três anos.

Na sessão desta sexta-feira (19), o Ifix subiu 0,18%. Com o resultado, o índice saltou dos 2.814 pontos, em 25 de abril, para os atuais 2.998 pontos. Na semana, o índice acumulou elevação de 1,81% – a sexta semana seguida de alta. Confira mais destaques do dia.

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Maiores altas desta sexta-feira (19):

Ticker Nome Setor Variação (%)
SARE11 Santander Renda Híbrido 4,06
TORD11 Tordesilhas EI Desenvolvimento 3,48
DEVA11 Devant Títulos e Val. Mob. 2,96
KFOF11 Kinea FoF FoF 2,36
RECT11 REC Renda Imobiliária Híbrido 2,13

Maiores baixas desta sexta-feira (19):

Ticker Nome Setor Variação (%)
CARE11 Brazilian Graveyard and Death Care Cemitérios -3,53
CPFF11 Capitânia Reit Híbrido -2,15
MORE11 More Real Estate FoF -1,84
VCRI11 Vinci Credit Securities Títulos e Val. Mob. -1,43
XPIN11 XP Industrial Logística -1,29

Fonte: B3

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HGRE11 vende imóveis por R$ 4,6 milhões; endividamento do RELG11 cai para 6,8 mi; BPML11 tem mais um mês de dividendo zero

HGRE11 vende três conjuntos em SP por R$ 4,6 milhões

O FII CSHG Real Estate (HGRE11) assinou compromisso para a venda dos conjuntos comerciais 62, 63 e 64 do edifício BrasilInterpart, localizados na avenida das Nações Unidas, em cidade de São Paulo (SP).

Os espaços, que estão desocupados, representam uma área de 727 metros quadrados e foram negociados por R$ 4,6 milhões, conforme aponta fato relevante divulgado pela carteira.

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Os imóveis foram comprados em novembro de 2009 e o investimento total do fundo – considerando custos aquisição, de transação e benfeitorias – era de R$ 2,89 milhões.

Desta forma, a venda dos três conjuntos do BrasilInterpart representa inicialmente um lucro de R$ 1,7 milhões, calcula a gestão do HGRE11. O montante equivale a aproximadamente R$ 0,14 por cota.

O preço de venda também é 58,7% superior ao valor investido e 42,4% maior do que o sugerido pelo laudo de avaliação do imóvel, realizado em 2022.

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Pelo negócio, o CSHG Real Estate já recebeu R$ 1,6 milhão e o saldo remanescente será dividido em oito parcelas mensais e consecutivas de R$ 375 mil.

Focado no segmento de escritório, o fundo tem participação em 16 imóveis localizados principalmente em São Paulo (SP). Os espaços somam uma área bruta locável (ABL) de 186 mil metros quadrados e a vacância atual do portfólio é de 27%.

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RELG11 reduz endividamento do fundo para R$ 6,8 milhões

Após receber aval dos investidores para a retenção dos dividendos do primeiro semestre, o FII REC Logística anunciou que amortizou parte da dívida atual do fundo.

De acordo com comunicado ao mercado, o RELG11 antecipou o pagamento de R$ 6,1 milhões de certificados de recebíveis imobiliários (CRI), espécie de títulos de dívida emitidos pela carteira.

Desta forma, acrescenta o documento divulgado pelo fundo, as obrigações financeiras do REC Logística caem de R$ 13 milhões para cerca de R$ 6,83 milhões.

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No início do mês passado, a gestão do REC Logística explicou que a retenção dos dividendos tinha como objetivo “proteger a saúde financeira e viabilizar opções para o cumprimento das obrigações da carteira”.

Na prática, o fundo decidiu reter os rendimentos para ajudar a quitar a compra do imóvel REC Logística Camaçari, na Bahia, que foi adquirido pela carteira a prazo.

“O custo da dívida ficou muito caro com a elevação dos juros e a desvalorização das cotas dos fundos imobiliários na Bolsa inviabilizou a realização de novas emissões (captação de recursos)”, explicou Moise Politi, gestor do RELG11, em recente comunicado nas redes sociais.

Pela lei, os fundos imobiliários são obrigados a distribuir 95% do lucro a cada seis meses, embora a grande maioria das carteiras repasse os recursos mensalmente.

BPML11 tem mais um mês de dividendo zero após desabamento em centro de compras em SP

O FII BTG Pactual Shoppings (BPML11) comunicou ao mercado e aos seus 1.544 investidores que não distribuirá dividendos em maio, conforme aponta comunicado divulgado nesta quinta-feira (18).

“[O fundo] informa a seus cotistas e ao mercado que não haverá divulgação referente a distribuição de rendimentos em 18/05/2023″, confirma o documento, que adota o mesmo texto usado em meses anteriores em que não houve repasse de rendimentos.

A última distribuição de dividendos do (BPML11) ocorreu em fevereiro – ou seja, antes da queda de parte de uma laje do Osasco Plaza Shopping, na Grande São Paulo (SP), que faz parte do portfólio da carteira.

E março, a gestão do FII atribuiu a retenção dos dividendos “à análise dos potenciais impactos financeiros do evento ocorrido no dia 8 daquele mês”. Após o episódio, o espaço foi interditado pela prefeitura local que o liberou apenas no início de maio.

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Dividendos hoje

Confira os FIIs que distribuem dividendos nesta sexta-feira (19):

Ticker Rendimento Rentabilidade
APTO11  R$     0,11 1,29%
MGCR11  R$     1,00 1,25%
GCRI11  R$     1,10 1,21%
NAVT11  R$     0,85 1,12%
HCRI11  R$     2,60 1,09%
PQDP11  R$   16,42 0,95%
MORE11  R$     0,59 0,90%
BRLA11  R$     1,10 0,73%
TRNT11  R$     0,40 0,40%
AURB11  R$     0,55
DOVL11B  R$     4,25
SHDP11B  R$     7,14

Fonte: StatusInvest

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Giro Imobiliário: Valora adquire a Mogno Capital, gestora dos FIIs MGHT11, MGCR11, MGRI11 e MGFF11

A Valora Gestão, gestora com mais de R$ 12 bilhões de ativos, comunicou a compra da Mogno Capital Investimentos, responsável pelos FIIs Mogno Hotéis (MGHT11), Mogno Certificados de Recebíveis (MGCR11), Mogno Properties ([ativo=MGRI11]) e Mogno Fundo de Fundos (MGFF11).

A Valora também é responsável por três fundos imobiliários e afirma que a combinação das operações com a Mogno trará benefícios significativos para ambas, “com a junção das suas melhores práticas de gestão e expertise no segmento de FIIs”.

A empresa ressalta que os sócios das empresas também acreditam que o negócio será positivo para os fundos e cotistas das duas casas, proporcionando maior diversificação, eficiência operacional e liquidez.

No comunicado ao mercado, divulgado na manhã desta sexta-feira (19), as gestoras não informaram os valores da transação.

Com mais de 18 anos de história, a Valora administra o Valora RE III (VGIR11), Valora CRI Índice de Preço (VGIP11) e o Valora Hedge Fund (VGHF11).

Além dos FIIs, o portfólio da casa ainda é focado em segmentos como renda fixa, crédito privado, agronegócio e infraestrutura.

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Wellington Carvalho

Repórter de fundos imobiliários do InfoMoney. Acompanha as principais informações que influenciam no desempenho dos FIIs e do índice Ifix.