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A taxa de juros média do rotativo do cartão de crédito atingiu 430,5% em março, o maior patamar em exatos seis anos, em meio a discussões levantadas pelo governo federal de impor um teto de juros para a modalidade de crédito.
O juro médio cobrado pelos bancos subiu 13,1 pontos porcentuais (p.p.) de fevereiro para março, de 417,4% para 430,5%, e 71,4 p.p. nos últimos 12 meses, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta quarta-feira (26).
Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, formalizaram a criação de um grupo de trabalho com o BC para debater os motivos e propor soluções para os juros elevados do cartão de crédito.
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Já a taxa do cheque especial caiu 5,1 ponto percentual, de 134,2% ao ano para 129,1% ao ano.
Tanto o cheque especial quanto o rotativo do cartão são modalidades de crédito emergencial, muito acessadas em momentos de dificuldades. Desde janeiro de 2020, o BC passou a limitar os juros do cheque especial a 8% ao mês (151,82% ao ano).
Rotativo vs. parcelado
Ainda no cartão de crédito, os juros médios do parcelado também subiu, de 189,6% para 192,0% ao ano (+2,6 p.p.). Considerando o juro total do cartão (rotativo e parcelado), a taxa média passou de 101,6% para 101,7% (+0,1 p.p.).
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Desde abril de 2017, há uma regra que obriga os bancos a transferirem a dívida do rotativo do cartão de crédito para o parcelado, a juros mais baixos, após um mês. O objetivo era que os juros do rotativo recuassem, pois o risco de inadimplência em tese cairia com a migração para o parcelado.
No crédito pessoal, o juro médio teve leve queda de 0,2 p.p. (de 42,2% para 42,0% ao ano).
(Com Estadão Conteúdo)
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