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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (6), que, no momento, o governo não discute mudanças na política de preços dos combustíveis − o chamado PPI (Preço de Paridade Internacional), adotado pela Petrobras 2016.
Durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula disse que foi “pego de surpresa” pelas discussões sobre o assunto na imprensa, após declaração do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), de que a metodologia seria alterada, com a adoção de diretrizes baseadas no mercado interno, e não nos preços do mercado internacional, como é atualmente.
“A política de preços da Petrobras será discutida pelo governo no momento em que o presidente da República convocar o governo para discutir. Enquanto o presidente da República não convocar, a gente não vai mudar o que está funcionando hoje”, disse o presidente.
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Em entrevista ontem (5) à GloboNews, Silveira disse que o PPI seria trocado por uma política “Preço de Competitividade Interno”, que deveria provocar redução entre R$ 0,22 e R$ 0,25 no preço do litro do diesel. A medida, no entanto, foi negada logo depois pela Petrobras, que disse não ter recebido nenhuma proposta do Ministério de Minas e Energia.
Apesar de ter desautorizado o ministro, Lula admitiu que haverá mudanças na definição dos preços dos combustíveis no mercado doméstico, mas disse que a discussão será feita “com muito critério”.
“Nós vamos mudar, mas com muito critério, porque durante a campanha eu disse que era preciso abrasileirar o preço da gasolina e o preço do óleo diesel. O Brasil não tem por que estar submetido ao PPI. Mas esse é um problema que nós vamos discutir no momento certo”, disse o presidente.
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Questionado sobre uma desavença entre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e Silveira, Lula disse que irá conversar com ambos, mas assegurou que a questão será resolvida porque o governo não está discutindo o tema no momento.
“Essa divergência é uma coisa extemporânea. Eu ainda não conversei nem como o nosso presidente da Petrobras nem com o ministro… Se houve divergência entre os dois ela deixará de existir na hora que eu conversar com os dois, porque o governo não está discutindo isso”, afirmou.
(com agências)