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Emerson Fittipaldi, 76, segue colecionando problemas financeiros: desta vez a Justiça de São Paulo penhorou as milhas aéreas de todos os programas de fidelidade que o ex-piloto e bicampeão mundial da Fórmula 1 possui devido a uma dívida de cerca de R$ 691 mil, incluindo juros, correção monetária e multa.
Na decisão, o juiz Paulo Baccarat Filho afirma que a penhora será executada “até o alcance do valor correspondente ao total do crédito aqui perseguido (R$ 691.618,51)”. Sobre o recebimento do pagamento da dívida em milhas, o documento menciona que “sequer há certeza acerca da existência dos valores a receber pela [parte] executada” — no caso Fittipaldi.
A dívida é referente a um aluguel de imóvel na Lapa, em São Paulo, onde o ex-piloto possuía uma concessionária de veículos, segundo informações do colunista Rogério Gentile, do Uol. O processo foi aberto em 2014 e, dois anos depois, Fittipaldi chegou a reconhecer a dívida na Justiça e fechou um acordo para quitar o débito em um único pagamento com 30% de desconto.
O problema é que o ex-piloto não cumpriu o acordo, e o processo foi se arrastando durante anos. A defesa do piloto argumenta que “a crise financeira e os insucessos de alguns negócios levaram a essa trágica situação”. Ele ainda pode recorrer da decisão.
O proprietário do imóvel em questão solicitou a penhora das milhas após descobrir que Fittipaldi viajou com a família para Dubai, maior cidade dos Emirados Árabes Unidos, no último Revéillon, mesmo diante das obrigações financeiras em aberto. A viagem foi tornada pública pelo próprio ex-piloto após uma publicação em suas redes sociais.
Segundo a decisão, serão penhoradas as milhas de diversos programas de fidelidade, companhias aéreas e instituições, como Smiles, LATAM Pass, Tudo Azul, Livelo, Esfera, American Airlines, Emirates Airlines, Tap, Banco C6, Unites Airlines, Air Europa, Air Canada, Iberia, Air France, Avianca, British Airways, Delta, Lufthansa, KLM, ITA Airways, TACA (El Salvador), Aeromexico, Turkish Airline, Sky Airline, Ryanair, Swiss, easyJet, Qatar Airways, Vueling e Air China.
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Problema é recorrente
Fittipaldi teve uma carreira de sucesso como piloto: foi campeão da Fórmula 1 em 1972 e 1974, além de ter obtido por duas vezes as 500 milhas de Indianápolis em 1989 e 1993. Também foi campeão da Fórmula Indy em 1989. Mesmo assim, a administração do patrimônio não seguiu o mesmo rumo: em 2022, a Justiça de SP também penhorou carros e troféus do ex-piloto por dívidas com uma empresa de eventos.
Segundo informações do G1, Fittipaldi é alvo de mais de 60 ações judiciais na Justiça paulista, com dívidas que somam mais de R$ 27 milhões, decorrentes de vários negócios frustrados nas últimas décadas.
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