Se inflação persistir, Fed pode reagir elevando ainda mais os juros nos EUA, diz dirigente do Fed de Richmond

Tom Barkin disse ainda que os fluxos de depósitos aparentam estar relativamente estáveis, depois do colapso do SVB e do Signature Bank,

Estadão Conteúdo

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O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Richmond, Tom Barkin, disse que, caso a inflação persista, a instituição poderá reagir aumentando as taxas de juros ainda mais. Ele acredita, no entanto, que é possível que o aperto às condições de crédito, somada aos efeitos atrasados da política de juros do ano passado, reduza a inflação relativamente rápido.

Por outro lado, Barkin ponderou que os efeitos da pandemia da covid-19 e comportamento de empresas e trabalhadores, que desejam compensar o tempo perdido, podem atrasar o retorno da inflação à meta.

A autoridade disse que apoiou o aumento de 25 pontos-base na última reunião do banco central por acreditar que “se aliviar na inflação cedo demais, ela volta mais forte”.

Fluxos de depósitos

O presidente do Federal Reserve de Richmond afirmou ainda que os fluxos de depósitos aparentam estar relativamente estáveis, depois do colapso do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, mesmo que poucos bancos ainda estejam lidando com seus próprios problemas.

Barkin falou que “nem toda quebra de banco é como a do Lehman Brothers”, que marcou o início da crise financeira global de 2008.

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“Estamos todos, compreensivelmente, estamos todos por essa memória, mas bancos quebraram ao longo da história, muitos sem criar uma crise mais ampla”, afirmou o dirigente.

Barkin falou também que os desdobramentos mais amplos dessas quebras, a exemplo de um eventual aperto do acesso ao crédito, ainda não estão claros.