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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mostrou, nesta segunda-feira (27), ceticismo quanto a uma aprovação rápida da reforma tributária. Citando questões em aberto, como a tributação dos serviços, e impactos nas receitas de municípios, ele considerou que não será “tão simples” fechar toda a equação, apesar da maior adesão dos Estados.
“Acredito que teremos ainda muita discussão pela frente … Não acredito em aprovação expressa e a jato, que vai passar com essa facilidade toda”, comentou Tarcísio, durante anúncio de medidas de desoneração de empresas do Estado.
O governador adiantou que São Paulo vai apoiar a reforma, mas pontuou que ainda tem algumas “poucas observações” a fazer em relação às mudanças no sistema tributário.
Durante o anúncio de uma série de decretos com objetivo de tirar o peso do ICMS das empresas de São Paulo, Tarcísio frisou que o Estado não pode ficar parado esperando a reforma tributária acontecer.
O pacote assinado nesta segunda-feira foi, conforme o governador, o primeiro de uma série de ações que serão lançadas para impulsionar a indústria de São Paulo. “Nossa obsessão agora é buscar o investimento”, declarou o governador, que esteve no período da manhã com o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva.
Tarcísio adiantou que o governo estadual vai assinar um termo de cooperação com a Fiesp, criando um grupo de trabalho para discutir temas relacionados ao desenvolvimento industrial, como energia, infraestrutura, capacitação profissional, impostos e crédito.
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Segundo o governador, com o pacote anunciado hoje, São Paulo busca se equiparar com as condições tributárias que levaram empresas para outros estados.
“A gente enfrenta estados que têm alíquotas diferenciadas de ICMS, que têm apoio de fundos constitucionais. Então, nós precisamos ser também um pouco mais agressivos e aproveitar os instrumentos que estão postos”, justificou o governador de São Paulo.