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A B3 (B3SA3) está preparada para uma possível concorrência de uma nova Bolsa de Valores no Brasil e sinaliza que não deverá mudar sua política de preços em função disso. Ao menos é que afirmou o diretor financeiro, André Milanez, durante a teleconferência sobre os resultados da companhia no quarto trimestre de 2022.
“Já competimos com mercados globais e sempre discutimos a possibilidade de um novo entrante na arena de exchange“, afirmou.
Segundo Milanez, a B3 já vem se preparando para um ambiente mais competitivo, apesar de não esperar que isso ocorra no curto.
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Na avaliação do CFO, as barreiras de entrada para um competidor na área de Bolsa de Valores são baixas. Mas, no negócio de clearing, que faz a compensação e liquidação de ordens eletrônicas, leva tempo e muito investimento para uma concorrente se estabelecer.
Na semana passada o assunto voltou à tona depois que a Americas Trading Group (ATG), empresa brasileira de tecnologia, recebeu um aporte da Mubadala Capital, responsável por fazer a gestão de ativos do fundo soberano de Abu Dhabi.
Com o aporte do Mubadala, a empresa poderá retomar o propósito de quando foi criada: lançar uma nova Bolsa no Brasil.
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Quando a notícia foi divulgada, o Goldman Sachs soltou um relatório afirmando que o principal risco competitivo estaria na parte de negociação de ações, mas ainda assim com impacto limitado a 5% da receita da B3.
“Mas notamos que a criação de uma nova Bolsa poderia, potencialmente, aumentar o volume de negócios do mercado como um todo, expandindo o mercado”, escreveram os analistas.
Na teleconferência de hoje, Milanez afirmou que a B3 tem colocado o cliente no centro de sua estratégia, trabalhando em produtos robustos e diversificados, preenchendo qualquer espaço que possa ser explorado por um novo entrante. “Não vai ser fácil para eles”, afirmou.
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Milanez também disse que, por enquanto, a B3 não pretende reduzir os preços que pratica, diante de uma possível concorrência.
“Precificação é sempre uma alavanca que você pode usar em uma situação de maior competitividade. Mas, não vejo razão pra isso acontecer no curto prazo”, afirmou.