Braiscompany: empresa brasileira de criptomoedas é alvo de operação da PF

De acordo com a Polícia Federal, a Braiscompany movimentou R$ 1,5 bilhão nos últimos quatro anos

Lucas Gabriel Marins

Sede da Polícia Federal em Brasília (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Sede da Polícia Federal em Brasília (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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A Braiscompany, empresa brasileira de criptomoedas com sede em Campina Grande (PB), foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF) na manhã desta quinta-feira (16).

A empresa, que desde o final do ano passado não libera o dinheiro captado irregularmente dos clientes, é suspeita de crime contra o sistema financeiro e contra o mercado de capitais.

Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão em João Pessoa (PB), Campina Grande e São Paulo (SP) no âmbito da operação, que recebeu o nome de “halving” em alusão a um dos eventos do processo de mineração de Bitcoin.

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De acordo com a PF, a Braiscompany movimentou R$ 1,5 bilhão em criptoativos em contas vinculadas aos suspeitos nos últimos quatro anos.

A defesa da empresa foi contatada para comentar a operação da PF, mas não respondeu até a publicação deste texto.

Entenda o caso

A Braiscompany, fundada pelo casal Antonio Inacio da Silva Neto e Fabricia Farias Campos em 2018, diz trabalhar com locação de criptomoedas. Em resumo, a empresa segura os ativos digitais dos clientes e promete pagar lucros mensais de até 9% com supostas operações de trading.

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Desde o final do ano passado, no entanto, o negócio não libera os saques dos investidores. Em lives e comunicados, Neto disse que a culpa dos atrasos seria da Binance, corretora que a empresa depende 100% para operar e fazer pagamento.

A Binance, em nota divulgada no mês passado, disse que não “realiza quaisquer ações em contas que não sejam devidamente embasadas nos termos e condições, contratos e políticas vigentes e aceitos por todos os usuários”.

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Por causa dos problemas com a Braiscompany, o Ministério Público Estadual da Paraíba (MPPB) abriu uma investigação para apurar o caso. No final de 2020, a empresa também foi alvo de processo administrativo da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Neto e Fabricia já se envolveram com golpes financeiros no passado. Um deles foi o D9 Club de Empreendedores, um conhecido esquema fraudulento que usava criptpomoedas como fachada para lesar vítimas.

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