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A WEG (WEGE3) divulgou na manhã desta quarta-feira (15) seus resultados do quarto trimestre de 2022 e, mais uma vez, analistas afirmaram que a companhia, uma das maiores fabricantes de equipamentos eletrônicos do mundo, trouxe bons resultados.
“Nunca decepciona. A WEG encerrou o ano com sólidos resultados no último trimestre mostrando uma demanda aquecida e resiliência do seu modelo de negócio que garantiu o nível de rentabilidade apesar do ano de grande volatilidade no preço dos insumos”, dizem os analistas Pedro Pimenta e Felipe Ruppenthal, da Eleven Research, em relatório.
As ações ordinárias da empresa sobem, por volta das 12h (horário de Brasília), 1,56%, negociadas a R$ 38,98.
Pimenta e Ruppenthal afirmam que o mercado interno de equipamentos de geração, transmissão e distribuição (GTD) teve bom desempenho – com destaque para os negócios de energia eólica e solar -, bem como a demanda por equipamentos industriais (EEI).
“A demanda de GTD ainda está em níveis elevados. Como destaque positivo, as receitas de GTD no exterior cresceram 28% no trimestre e alcançaram R$ 1,1 bilhão (crescimento de 17% no ano), principalmente devido à forte demanda por produtos de transmissão e distribuição na América do Norte”, corrobora a equipe do Credit Suisse, chefiada por Regis Cardoso. “No mercado doméstico, a receita de GTD de R$ 2 bilhões permaneceu praticamente estável no trimestre e aumentou 45% no ano, devido à alta demanda em geração solar distribuída e fortes volumes em turbinas eólicas”.
O banco suíço ainda explica que a demanda europeia foi um forte impulsionador do crescimento das receitas externas, com o faturamento da região crescendo 5% no trimestre e 21% no ano.
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A Levante chama atenção ao fato de que a WEG registrou crescimento em todas as suas regiões de atuação.
“A empresa faturou R$ 7,9 bilhões, alta de 22% no ano, sendo R$ 3,8 bilhões no Brasil, 32,1% no ano, e R$4 ,1 bilhões no exterior, 14% no ano, com crescimento nas vendas em quase todas as linhas de negócios”, diz a casa. “O segmento de equipamentos eletroeletrônicos industriais, responsável por 48,5% da receita, faturou R$ 1,2 bilhão no mercado interno, crescendo 26,8% no ano, impulsionado pela agroindústria e pelo segmento de papel e celulose. No mercado externo, a divisão faturou R$2,6 bilhões, crescimento de 15,1%, com destaque para os Estados Unidos”, complementam a explicação.
As casas apontam ainda que, apesar de a WEG ter mantido suas margens estáveis na base trimestral, houve avanços na comparação anual – o que se deve principalmente devido à estabilização de custos, com foco em aço e cobre, e na melhora de desempenho operacional que a companhia vem buscando. A margem bruta foi de 30,3% e a de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), de 19,5%.
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“A WEG apresentou fortes resultados, com Ebitda (de aproximadamente R$ 1,6 bilhão) superando nossas estimativas em 4% e consenso em 9%, enquanto o lucro líquido (de R$ 1,19 bilhão) em linha com as expectativas”, diz o Santander. “Houve uma surpresa positiva na margem Ebitda, que a empresa atribui a ganhos de eficiência e alguma normalização da cadeia de suprimentos. A administração também mencionou acréscimos saudáveis em sua carteira de pedidos em mercados estrangeiros”.
Para 2023, por fim, as perspectivas para a empresa segue positiva. Programas de incentivos a energias limpas devem continuar impulsionando as vendas, apesar de a recessão global ser um risco.
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A Eleven tem recomendação de compra para as ações da WEG, com preço-alvo em R$ 52, potencial de alta de 33,7% frente ao preço de abertura de hoje. O Credit Suisse vai na mesma linha, com recomendação outperform (acima da média de mercado, equivalente à compra), com preço-alvo em R$ 46, potencial de alta de 18,3%. O Santander está neutro, com alvo em R$ 43, número 10,5% maior do que o valor de abertura.