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A B3 (B3SA3) divulgou sua prévia operacional referente ao mês de janeiro na noite passada (14), considerada neutra a marginalmente negativa para as ações da companhia, “tendo em vista a forte desaceleração dos volumes para R$ 25,5 bilhões em janeiro”, avalia Bradesco BBI. Olhando para o futuro, analistas do banco destacaram que ainda veem a B3 altamente dependente da melhora das condições de mercado.
Na mesma linha que o BBI, o Credit Suisse classificou os dados operacionais de janeiro como ligeiramente negativos para as ações, já que a atividade em ações no mercado à vista caiu no mês, parcialmente ajudada por volumes mais altos de derivativos.
Com relação a velocidade de giro, analistas do Credit Suisse destacaram que ela saiu de 170,5% em dezembro/22 para 147,2% em janeiro de 2023, indicando menor atividade mesmo excluindo possíveis efeitos de sazonalidade.
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Em derivativos, a receita por contrato (RPC) caiu 9,7% na base mensal, enquanto o volume médio diário (ADV, na sigla em inglês) aumentou 15,2% em relação ao mês imediatamente anterior, resultando em alta de 8,8% nas receitas de derivativos.
Segundo analistas, o crescimento do ADV dos derivativos listados foi impulsionado principalmente pelo aumento das taxas de juros.
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Vale lembrar que a operadora da Bolsa brasileira reportará seus resultados trimestrais nesta quarta-feira (15), após o fechamento dos mercados, ainda sob pressão em um contexto macroeconômico ainda desafiador e cenário de alta de juros em 2023, na visão da Genial Investimentos.
Segundo a Genial, a receita da B3 deve seguir pressionada no quarto trimestre, tendo em vista que a maioria de seus produtos tem melhor desempenho em cenário de juros baixos,
No entanto, analistas destacaram que apesar da alta rápida de juros em 2021 e 2022, o volume médio diário (ADTV, na sigla em inglês) se manteve relativamente em patamares altos. “O turnover (giro) aparentemente se estabilizou em patamares bem mais altos saindo de 106% em 2019 para 168% em 2022, apesar do Ibovespa ter ficado de lado desde 2019”, acrescentaram.
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Como a B3 divulgou suas prévias operacionais anteriormente, a Genial espera um resultado trimestral sem muitas surpresas, estimando lucro líquido de R$ 1,03 bilhão, em linha com o trimestre passado e 6% menor na comparação ano a ano.
Para 2023, a Genial Investimentos projetou uma evolução de de 9,7% do lucro (chegando em R$ 4,66 bilhões), puxados por produtos de renda fixa, derivativos e tecnologia/dados, enquanto espera uma pequena retração em renda variável (cash & equities). “A empresa continua desenvolvendo novos produtos que ajudam manter os volumes em patamares altos, como ETF e BDRs.”
Apesar da falta de gatilhos positivos, no momento, a casa de análise reiterou recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 16. A Genial destacou que a empresa continua a negociar bem abaixo de sua média histórica de 18 vezes preço sobre lucro (P/L) e abaixo de seus pares globais em 22 vezes P/L.
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O Credit Suisse manteve recomendação neutra para ações da B3, pois acredita que o risco-retorno da empresa ainda é pouco atrativo no atual ambiente macroeconômico e de mercado de capitais. O preço-alvo é de R$ 14, implicando em potencial de valorização de 22,8% frente a cotação de fechamento de terça-feira (14) de R$ 11,40.