Larry Summers, ex-secretário do Tesouro, diz estar mais confiante em “pouso suave” nos EUA

Para Summers, indicadores mostram que o cenário positivo se tornou mais plausível, mas seria "grande erro" declarar vitória prematura contra a inflação

Estadão Conteúdo

NEW YORK, NY - JANUARY 30:  Former Treasury Secretary Larry Summers visits FOX Business Network at FOX Studios on January 30, 2015 in New York City.  (Photo by Rob Kim/Getty Images)
NEW YORK, NY - JANUARY 30: Former Treasury Secretary Larry Summers visits FOX Business Network at FOX Studios on January 30, 2015 in New York City. (Photo by Rob Kim/Getty Images)

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Meses após ter minimizado as chances de um “pouso suave” na economia dos Estados Unidos, o ex-secretário do Tesouro americano Lawrence Summers mudou de opinião. Em entrevista à CNN neste domingo (5), Summers afirmou estar mais confiante de que o país conseguirá superar a inflação elevada sem entrar em um quadro de recessão.

O “pouso suave” é o termo usado no mercado para se referir ao contexto em que a escalada dos preços é controlada sem um avanço forte do desemprego. Na última sexta-feira, o relatório payroll surpreendeu ao apontar criação de cerca de meio milhão de empregos em janeiro nos EUA.

Para Summers, os indicadores recentes mostraram que o cenário positivo se tornou mais plausível nos últimos anos, mas seria “um grande erro” declarar vitória prematura na batalha contra a inflação.

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“Eles, os preços, ainda estão inimaginavelmente altos do ponto de vista de dois ou três anos atrás, e ainda pode ser muito difícil fazer o resto do caminho de volta à meta de inflação”, ressaltou Summers, que chefiou o Tesouro americano entre 1999 e 2001, nos últimos anos do governo do ex-presidente democrata Bill Clinton.

Summers também comentou o impasse sobre o teto da dívida americano. Na visão dele, o presidente dos EUA, Joe Biden, deve continuar pressionando o Congresso a aumentar o limite, com objetivo de evitar um inédito default no país. “Só são necessários alguns republicanos responsáveis para que democratas e alguns republicanos aumentem o teto da dívida”, destacou.

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