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O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a inflação “na porta da fábrica”, caiu 1,29% em dezembro, informou nesta quarta-feira (1) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a quinta variação negativa seguida do índice. A inflação acumulada no ano chegou a 3,13%%, terceiro menor valor acumulado no ano desde o início da série histórica, em 2014.
Em dezembro, 15 das 24 atividades investigadas pelo IBGE apresentaram variações negativas de preços ante novembro.
Segundo Felipe Câmara, gerente do IPP, esse resultado consolida a trajetória deflacionária da indústria iniciada no segundo semestre, que pode ser associada, em grande medida, aos preços em baixa das commodities no mercado internacional. “Barril de petróleo, minério de ferro e insumos fertilizantes são alguns dos produtos de destaque nesse sentido”, listou.
Câmara destacou em nota que a redução do preço do óleo bruto, acompanhando os preços internacionais, além de exercer impacto direto sobre o resultado das indústrias extrativas, naturalmente provoca uma redução de custos ao longo da sua cadeia derivada, como o refino e os outros produtos químicos, com reflexo no preço final praticado nesses setores.
No caso dos alimentos, a ligeira alta observada em dezembro está associada a aumentos de preço pontuais. “Produtos com influência grande no resultado do setor, como carne bovina e leite, mantiveram a dinâmica de meses anteriores, com os preços em viés de baixa em face da maior oferta nesta época do ano. Influência superada por aumentos como o do açúcar cristal, provocado por uma expansão lenta da oferta nacional, ou do farelo de soja, que acompanhou a alta corrente do mercado internacional”, acrescentou Felipe.
Destaques
Das atividades industriais que apresentaram variações negativas de preço ante novembro, os destaques foram: indústrias extrativas (-7,21%); refino de petróleo e biocombustíveis (-5,46%); madeira (-2,96%); e outros produtos químicos (-2,79%).
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Em termos de influência no indicador, as atividades que mais sobressaíram foram refino de petróleo e biocombustíveis (-0,68 ponto porcentual), indústrias extrativas (-0,33 p.p.), outros produtos químicos (-0,25 p.p.) e metalurgia (-0,08 p.p.).
As atividades que tiveram as maiores variações no acumulado no ano em dezembro foram papel e celulose (19,45%), impressão (19,17%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (16,99%) e fabricação de máquinas e equipamentos (15,71%).
Já as principais influências no acumulado da indústria geral vieram de refino de petróleo e biocombustíveis (1,23 ponto porcentual), outros produtos químicos (-1,21 p.p.), alimentos (1,20 p.p.) e metalurgia (-0,87 p.p.).