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Ao contrário do que se esperava, uma nova sessão positiva em Wall Street ontem não foi capaz de catapultar o Bitcoin para além do nível de US$ 23 mil, para o qual a criptomoeda recuou após tentativa de romper os US$ 24 mil. Às 7h desta sexta-feira (27), o BTC é negociado a US$ 22.954, próximo da estabilidade nas últimas 24 horas.
Ainda assim, a moeda digital caminha para fechar janeiro com o melhor desempenho para este mês em 10 anos. O último ganho de mais de 40% num começo de ano foi em 2013, quando o ativo disparou 51% em 30 dias.
Mas, ao contrário do que aconteceu no passado, segundo especialistas, o rali de 2023 é impulsionado predominantemente por compradores dos Estados Unidos.
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“O Bitcoin subiu 40% no acumulado do ano, com 35% desses retornos ocorrendo durante o horário de negociação dos EUA. Isso é uma contribuição de 85% do rali associado a investidores baseados nos EUA”, aponta Markus Thielen, head de pesquisa e estratégia no provedor de serviços cripto Matrixport, disse em nota enviada hoje aos clientes.
“Interpretamos isso como um sinal claro de que as instituições dos EUA são compradoras de Bitcoin agora”, acrescentou Thielen.
Ao contrário das ações, o Bitcoin – e as criptomoedas em geral – é negociada 24 horas por dia, permitindo que analistas acompanhem os fluxos de ordens em diferentes fusos para estimar de onde vem a maior pressão de compra ou venda.
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Segundo Thielen, o posicionamento otimista das instituições também fica evidente com a volta do prêmio nos futuros de Bitcoin listados na bolsa Chicago Mercantile Exchange (CME), nos EUA.
“As instituições não estão apenas comprando Bitcoin à vista; em vez disso, também estamos vendo prêmios consistentemente altos para futuros perpétuos (que não têm vencimento). Interpretamos isso como uma indicação de que traders institucionais e hedge funds mais rápidos estavam comprando ativamente durante a recente queda nos mercados de criptomoedas”, observou Thielen.
A Deutsche Digital Assets fez uma observação semelhante no início deste mês, chamando a atenção para o aumento no prêmio do Bitcoin negociado na Coinbase, apontado como evidência do aumento do interesse de compra de investidores sofisticados dos EUA em relação aos investidores de varejo.
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“Hedge funds tradicionais e com foco em cripto, empresas e gestores de ativos tradicionais têm comprado”, escreveu o head de pesquisa da Coinbase Institutional, David Guong, em nota publicada em 20 de janeiro.
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Outro sinal visto com bons olhos por analistas é a volta de um maior volume nas negociações de criptoativos. “Um aumento no volume em conjunto com preços mais altos geralmente é um sinal de alta”, comenta o analista de mercados de cripto do CoinDesk, Glenn Williams.
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Por outro lado, a estabilidade do Bitcoin nesta semana, desde que atingiu os US$ 23 mil, pode ser uma pista de que já há disputa de terreno mais acentuada entre compradores e vendedores. “Preços fixos sinalizam que investidores otimistas e pessimistas estão expressando ativamente suas opiniões sobre o mercado”, pondera Williamns.
Por ora, especialistas do setor esperam por um novo catalisador de preços para que o Bitcoin possa ultrapassar a barreira que se impôs na faixa dos US$ 23 mil. Por ora, o PIB mais alto do que o esperado divulgado pelos EUA e a queda no número de pedidos de seguro-desemprego (ambos sinais de persistência da inflação) não foram capazes de atingir o mercado cripto.
Jason Pagoulatos, analista de mercados da Delphi Digital, afirma que investidores estão de olho, na verdade, na próxima decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) sobre a taxa de juros. O comitê americano equivalente ao Copom brasileiro divulgará sua decisão na próxima quarta-feira (1).
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“O mercado sabe que os juros vão continuar aumentando, mas [esperam que] em um ritmo mais lento até atingirem a taxa terminal”, disse ele. “A principal questão é que as pessoas estão tentando esclarecer por quanto tempo [os aumentos continuarão] e o que isso significa para coisas que ainda mostram sinais de força, como o mercado de trabalho”.
Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:
| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| Bitcoin (BTC) | US$ 22.954 | -0,20% |
| Ethereum (ETH) | US$ 1.578 | -1,80% |
| Binance Coin (BNB) | US$ 305 | +0,20% |
| XRP (XRP) | US$ 0,409726 | -0,80% |
| Cardano (ADA) | US$ 0,379280 | +0,80% |
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
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| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| BTSE Token (BTSE) | US$ 3,34 | +12,50% |
| Polygon (MATIC) | US$ 1,08 | +8,30% |
| Leo Token (LEO) | US$ 3,83 | +8,00% |
| Fantom (FTM) | US$ 0,461259 | +7,40% |
| Theta Network (THETA) | US$ 1,12 | +6,40% |
As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:
| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| eCash (XEC) | US$ 0,00003934 | -9,30% |
| Axie Infinity (AXS) | US$ 11,37 | -6,90% |
| Optimism (OP) | US$ 2,17 | -6,50% |
| Lido DAO (LIDO) | US$ 2,27 | -6,50% |
| Frax Share (FXS) | US$ 10,01 | -6,50% |
Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:
| ETF | Preço | Variação |
| Hashdex NCI (HASH11) | R$ 20,21 | +0,04% |
| Hashdex BTCN (BITH11) | R$ 27,23 | -0,72% |
| Hashdex Ethereum (ETHE11) | R$ 23,79 | +0,59% |
| Hashdex DeFi (DEFI11) | R$ 21,05 | +0,23% |
| Hashdex Smart Contract Plataform FI (WEB311) | R$ 15,70 | -0,82% |
| Hasdex Crypto Metaverse (META11) | R$ 38,36 | +4,72% |
| QR Bitcoin (QBTC11) | R$ 7,34 | +3,08% |
| QR Ether (QETH11) | R$ 5,79 | +3,02% |
| QR DeFi (QDFI11) | R$ 3,60 | +6,50% |
| Cripto20 EMPCI (CRPT11) | R$ 5,65 | +0,53% |
| Investo NFTSCI (NFTS11) | R$ 20,00 | +8,93% |
| Investo BLOKCI (BLOK11) | R$ 72,42 | 0,00% |
Veja as principais notícias do mercado cripto desta sexta-feira (27):
SEC rejeita ETF de Bitcoin mais uma vez
Pela segunda vez, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (a SEC) rejeitou um esforço conjunto da Ark Investment Management e da 21Shares para listar um fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin.
A SEC disse que a Cboe BZX Exchange – na qual o ETF seria listado – falhou em “demonstrar que sua proposta é consistente com os requisitos” em torno da prevenção de fraudes e outras práticas nefastas.
O mercado regular dos EUA rejeitou uma série de pedidos para listar ETFs que investme diretamente em Bitcoin, mas aprovou uma série de fundos que acompanham o mercado futuro de BTC.
Uma das empresas que teve sua oferta rejeitada, a Grayscale Investments optou por entrar com uma ação judicial sobre a decisão da SEC, com contestação oral marcada para começar em 7 de março.
Stablecoin da Cardano estará disponível em duas DEX semana que vem
A stablecoin Djed, e seu token de governança Shen, serão listados nas exchanges descentralizadas (DEX, que funcionam com smart contracts) MuesliSwap e MinSwap, que rodam na Cardano, após sua emissão na próxima semana.
De acordo com o DeFiLlama, o MinSwap é atualmente a maior DEX da Cardano, com US$ 30 milhões em tokens depositados, enquanto o MuesliSwap tem um valor relativamente menor, de US$ 6,5 milhões em liquidez.
A Djed terá lastro em outros tokens e exige que mais de 400% de garantias para evitar colapsos como o que aconteceu com a TerraUSD, do projeto Terra.
Mynt oferece quatro novas criptos
A plataforma de investimentos em criptoativos Mynt adicionou quatro novos ativos para negociação, todos tokens da rede Ethereum: Aave (AAVE), Uniswap (UNI) e Curve (CRV), do segmento DeFi, e o Lido (LIDO), emitido por uma plataforma de staking (renda passiva) de ETH.
Com a novidade, a Mynt passa a oferecer 14 criptos, incluindo Bitcoin, Ehereum, Solana (SOL) e Cardano (ADA), entre outras.
