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As atuais perspectivas para inflação e juros no País têm devolvido a fama de “queridinhos do mercado” aos fundos de “papel”, confirma relatório do Itaú BBA, assinado pelos analistas Larissa Nappo e Marcelo Potenza.
Essa classe de ativo – que investe em títulos de renda fixa atrelados a índices de inflação e à taxa do CDI (certificado de depósito interbancário – teve ótima performance nos últimos anos com a elevação dos preços e dos juros.
Quanto mais elevados os indicadores, maior é a receita de um FII de “papel” e, consequentemente, mais dividendos o fundo distribui. O contrário também é verdadeiro. Em caso de um resultado negativo dos índices, a receita e os dividendos da carteira também são reduzidos – como ocorreu no terceiro trimestre de 2022.
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Naquele período, a confiança nos fundos de “papel” foi arranhada pela deflação apurada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e este tipo de ativo perdeu atratividade na Bolsa. Mas o cenário adverso durou pouco, lembra Larissa.
“Passado o período de deflação, que compreendeu os meses de julho, agosto e setembro de 2022, as distribuições de proventos [dos fundos de ‘papel’] voltaram a patamares atrativos”, destaca.
Ela explica que, além da volta do IPCA para o campo positivo, o ambiente macroeconômico está bastante desafiador e a taxa de juros da economia nacional (Selic) deve ser mantida em patamares altos até o final do ano – o que beneficia fundos com títulos indexados ao CDI.
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A analista trabalha com um IPCA de 5,8% em 2023 – mesmo nível do observado em 2022 – e a manutenção da Selic em 13,75% ao ano até o quarto trimestre deste ano, quando prevê o início da redução da taxa para 12,50% ao ano.
“De modo geral, fundos de “papel” são opções mais conservadoras para o curto prazo, seja pelo alto patamar de distribuição [de dividendos] ou devido aos impactos que a atual dinâmica da curva de juros vem gerando nas cotações de fundos imobiliários de “tijolo” – que investem diretamente em imóveis –, reforça Larissa.
Pensando no cenário, ela e Potenza listam as principais apostas do Itaú BBA para o segmento. São elas:
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- MCCI11 – Mauá Capital Recebíveis Imobiliários
- RBRR11 – RBR Rendimento High Grade
- VCJR11 – Vectis Juros Real
- HGCR11 – CSHG Recebíveis Imobiliários
- KNCR11 – Kinea Rendimentos Imobiliários
- KNHY11 – Kinea High Yield
- KNIP11 – Kinea Índice de Preços
- KNSC11 – Kinea Securities
Na avaliação de Larissa, os oito fundos contam com portfólios de qualidade, gestão experiente e garantias robustas. Segundo elas, as características são muito bem-vindas em qualquer período econômico.
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