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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o governo brasileiro vai contar com o suporte técnico do Fundo Monetário Internacional (FMI) para formular a proposta de uma nova âncora fiscal para o País. O apoio foi oferecido pelo organismo durante reunião entre Haddad e a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
“Sabendo da nossa discussão sobre âncora fiscal, o FMI colocou a sua equipe técnica à disposição do Brasil para que conheça todas as regras em vigor, a que estão dando mais certo e menos certo para a gente se prevenir e levar ao Congresso a mais crível e sustentável âncora fiscal”, disse Haddad, a jornalistas, nos Alpes suíços.
Diante do quadro político internacional, o FMI demonstrou preocupação sobre a sustentabilidade política no Brasil, de acordo com Haddad.
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“Isso é muito importante no momento o que estamos vivendo. Não adianta ter regra fiscal que não leve em conta a responsabilidade social”, afirmou ele, acrescentando que é na democracia que as pessoas decidem seu destino pelo voto.
Reuniões bilaterais
O ministro brasileiro comentou ainda sobre a reunião bilateral que teve com José Antonio Ocampo, Ministro da Economia da Colômbia. O foco, segundo ele, foi a integração dos países da América Latina. “Há desejo de integração enorme entre países da América Latina”, afirmou.
Segundo Haddad, em um mundo com potências como os Estados Unidos, Europa e China, os Países da América Latina precisam estar integrados e articulados nas negociações com outros blocos econômicos para terem papel no cenário internacional.
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“Desunidos nós não vamos longe em um mundo que tem Estados Unidos, União Europeia, China são mastodontes econômicos. Para ter papel nesse mundo, nos precisamos estar mais integrados”, disse o ministro.
Investidores internacionais
Questionado sobre o recado que tem dado a investidores internacionais, Haddad repetir o foco em retomar o patamar de receitas e despesas de antes das eleições e da pandemia, quando estavam próximas uma da outra. Esse é o caminho para aprovar uma reforma fiscal e tributária para dar sustentabilidade à dívida brasileira.
“Os investidores internacionais estão ávidos para investir no Brasil até porque o País voltou à mesa de negociação sobre democracia, meio ambiente, estabilidade política”, afirmou o ministro. “Eu quero crer que no primeiro trimestre vamos endereçar essas reformas e isso vai dar muita segurança à comunidade internacional”, concluiu.