Publicidade
A Petrobras (PETR3;PETR4) está intensificando a segurança em suas refinarias, em uma medida cautelar após receber ameaças de ataque contra instalações, incluindo as refinarias Reduc e Repar, disseram dois executivos da empresa à Reuters, que pediram anonimato.
As ameaças foram detectadas pela unidade de inteligência da Petrobras que monitora as comunicações nas redes sociais de apoiadores do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, disseram as fontes ouvidas pela agência.
A estatal disse na noite da véspera em comunicado que todos os seus ativos e refinarias estão operando normalmente.
“A Petrobras está tomando todas as medidas preventivas de proteção necessárias, conforme procedimento padrão”, afirmou em comunicado.
Milhares de apoiadores de Bolsonaro neste domingo invadiram o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), destruindo móveis e quebrando janelas, em um eco da invasão do Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021 por apoiadores do então presidente do EUA, Donald Trump.
As ameaças aos ativos visados pela Petrobras incluem refinarias nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, disseram as fontes. A Petrobras tem equipe de segurança privada de 1.000 pessoas e está trabalhando em coordenação com a polícia militar.
Continua depois da publicidade
O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro (PL) disse no Twitter que enviou no sábado policiais para reforçar a segurança na Reduc, a principal refinaria do Estado.
O Ministério de Minas e Energia (MME) informou, em nota divulgada à imprensa, que tem garantido o abastecimento nacional de combustíveis. De acordo com o ministério, também está garantido o funcionamento adequado de refinarias, terminais e bases de distribuição.
A nota, assinada pelo ministro Alexandre Silveira, acrescenta que o MME também está monitorando os protestos nessas estruturas. “Seguimos atentos e em articulação com outras pastas e estados para assegurar o suprimento. Seguiremos firmes e compromissados com a sociedade brasileira”, diz a nota.
Continua depois da publicidade
(com Reuters e Agência Brasil)