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Ao mostrar em dezembro o maior volume em um mês dos últimos dois anos, o mercado de veículos praticamente repetiu no balanço final de 2022 o resultado do ano anterior. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 2,1 milhões de unidades foram vendidas no país, o que representa uma leve queda de 0,7% na comparação com 2021. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira (5) pela Fenabrave, a associação das concessionárias de automóveis.
Abaixo das expectativas no início do ano, quando as projeções de montadoras e revendedores eram de crescimento entre 4,6% e 8,5%, o desempenho mostra que o setor segue em mais de 600 mil veículos distante do nível de antes da pandemia. Em 2019, as vendas de veículos no Brasil somaram 2,79 milhões de unidades.
A escassez de componentes eletrônicos no mundo, levando a paradas de produção e, consequentemente, limitação de oferta nas concessionárias, principalmente no primeiro semestre, impediu resultado melhor no ano.
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Mas com a melhora no abastecimento de peças nos últimos meses, as montadoras conseguiram produzir com menos interrupções, permitindo ao mercado exibir na última foto de 2022 o maior número de veículos vendidos em um mês desde dezembro de 2020 (244 mil). Foram comercializadas 216,9 mil unidades no mês passado, alta de 4,8% na comparação com igual período de 2021 e de 6,3% frente a novembro.
Contribuiu a esse crescimento a corrida de transportadores antes da mudança nos preços dos caminhões por conta do aperto, na virada do ano, dos limites de emissões, o que exigiu uma atualização tecnológica dos motores a diesel. As vendas de caminhões, um total de 12,1 mil unidades no mês passado, subiram 21,4% contra novembro e 0,8% na comparação com dezembro de 2021.
Já no segmento de carros de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, as vendas de dezembro superaram em 4,5% as do mesmo período de 2021. Frente a novembro, houve alta de 5,3%.
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Embora o crédito mais caro e restrito afete as vendas no varejo, os maiores volumes da indústria ainda encontram vazão nas encomendas de clientes frotistas – em especial as locadoras, que formaram longas listas de espera no período de maior restrição de oferta.