10 grandes investidores revelam suas ações favoritas para 2019

O InfoMoney conversou com gestores de assets de investimentos para descobrir as apostas no Ibovespa para este ano

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – O mercado começou 2019 com sinalizações de otimismo sobre a nova equipe econômica de Jair Bolsonaro e a reforma da Previdência, com o Ibovespa disparando e ultrapassando constantemente sua máxima histórica.

Para escolher os ativos que devem se beneficiar de uma retomada da economia e de políticas do novo governo, assim como aqueles que trazem boas expectativas, o InfoMoney conversou com gestores de fundos de ações de 10 grandes assets para saber em que eles estão apostando para este ano.

A empresa vencedora foi Banco do Brasil (BBAS3), com 6 recomendações. Em meio ao cenário de retomada da economia e do crédito, as ações do BB podem se beneficiar, com ainda mais potencial por conta das melhorias que ainda pode implementar após os últimos dois anos e meio transformacionais para a instituição financeira.

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A expectativa é de uma continuidade da gestão da empresa que focou em corte de custos e aumento da eficiência. Agora, quem comandará a instituição será Marcelo Labuto.

Em segundo lugar aparece Petrobras (PETR4). Apesar da desvalorização dos preços do petróleo e da postergação da cessão onerosa, a companhia chegou a subir 46,84% em 2018 por conta do rali eleitoral.

Ao que tudo indica, a companhia deve se beneficiar do novo governo, principalmente por conta da venda de ativos e do que ainda pode ser feito lá dentro. A expectativa de aprovação da cessão onerosa também deve ser benéfica para a estatal neste ano.

CVC (CVCB3) e Localiza (RENT3) empataram em terceiro lugar na recomendação dos gestores. Ambas posicionadas para aproveitarem a retomada econômica, devem se favorecer com o aumento da confiança do consumidor.

Também estão no radar das grandes assets entrevistadas Rumo (RAIL3), Suzano (SUZB3), Linx (LINX3) e Magazine Luiza (MGLU3).

Enquanto Rumo tem se favorecido com o ritmo acelerado da colheita de soja, alta nos preços da commodity para comercialização com a China e tende a se beneficiar com as concessões de ferrovias propostas por Bolsonaro, Suzano se tornou a maior produtora de papel e celulose do mundo após a fusão com a Fibria, favorecendo-se com as sinergias.

No caso da Linx, os analistas começaram a acompanhá-la mais de perto após o lançamento do serviço de pagamentos Linx Pay, que tem o potencial de mudar o patamar do demonstrativo de lucros e perdas da empresa. Além disso, a retomada da economia somada a oportunidades em novos segmentos devem ser grandes potencializadoras para a companhia.

Magazine Luiza, a “queridinha” do mercado, também está na lista. Com alta de 126,34% em 2018 e liderando o ranking de empresas que mais subiram no Ibovespa no último ano, a MGLU3 está se favorecendo de um cenário benéfico para o e-commerce, que deve se portar ainda melhor com a retomada da economia. A empresa também está cada vez mais voltada para o setor de tecnologia, o que contribui para seu destaque entre as demais do setor.

Ainda na preferência dos gestores estão os papéis de Gerdau (GGBR3), que se beneficiam com a guerra comercial travado entre EUA e China, tendo um caráter mais defensivo por possuir empresas nos EUA, e Azul (AZUL4), que tem no radar a liberação de 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas, além do pedido de recuperação judicial da Avianca Brasil – o que pode representar uma oportunidade de negócios.

A palavra do gestor

Marcos Peixoto, CEO da XP Asset, explica que o mercado acionário ainda não deslanchou por conta dos mercados externos. “Mas se olharmos desde o fim de setembro, o EWZ (ETF do Brasil) sobe 14%, enquanto o EMM (ETF de emergentes) cai 7%. Então no relativo podemos dizer que tivemos um bom desempenho”, diz.

Otimista com o governo Bolsonaro, Peixoto explica que para a bolsa ter um bom desempenho é necessário “ter confiança de que a situação fiscal do país terá uma solução e, neste ponto, uma reforma da previdência é crucial”.

Em um cenário factível, Peixoto acredita que é possível o Ibovespa atingir os 120 mil pontos apenas com a precificação dos múltiplos para patamares históricos. “Em um cenário que tudo dá certo, podemos ver a bolsa chegar nos 140 mil pontos e o dólar em R$ 3,30”, diz.

Entre as três principais posições para este ano, o gestor cita Bradesco (BBDC4), Lojas Americanas (LAME4) e Qualicorp (QUAL3). Enquanto Bradesco tende a se beneficiar da retomada do crédito, inadimplência sob controle e de seu desconto substancial em relação ao Itaú, Lojas Americanas negocia com múltiplos descontados em relação ao varejo e também deve se favorecer com a retomada da economia e do consumo.

No caso da administradora de planos de saúde coletivos Qualicorp, Peixoto afirma que o papel está fora do radar dos investidores e é uma boa oportunidade de compra. “A ação está largada, com múltiplos extremamente baratos”, diz.

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