Payroll: EUA criam 263 mil empregos em novembro, acima das estimativas; taxa de desemprego fica estável em 3,7%

Consenso de analistas era de que os empregadores criariam 200 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado

Roberto de Lira

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Os Estados Unidos criaram 263 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola em novembro, acima do esperado, apontam dados do payroll divulgado nesta sexta-feira (2) pelo Departamento do Trabalho. A taxa de desemprego ficou alterada em 3,7%.

A expectativa segundo o consenso Refinitiv era de que os empregadores criariam 200 mil vagas fora do setor agrícola no mês.

O Departamento do Trabalho informou que houve ganhos notáveis ​​de emprego em lazer e hospitalidade, saúde e governo. Mas o emprego diminuiu no comércio varejista e nos transportes e armazéns.

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Em novembro, os ganhos médios por hora de todos os funcionários com folhas de pagamento privadas não agrícolas aumentaram em 18 centavos, ou 0,6%, para US$ 32,82. Nos últimos 12 meses, salário médio por hora aumentaram 5,1%. O rendimento médio por hora do setor privado para funcionários de produção e não supervisores subiram 19 centavos, ou 0,7%, para US$ 28,10.

O número de desempregados ficou inalterado em 6,0 milhões de pessoas em novembro. Entre os principais grupos de trabalhadores, as taxas de desemprego para homens adultos (3,4%), adultos, mulheres (3,3%), adolescentes (11,3%), brancos (3,2%), negros (5,7%), asiáticos (2,7%) e hispânicos (3,9%) mostraram pouca ou nenhuma mudança ao longo do mês.

Entre os desempregados, o número de desocupados permanentes aumentou em 127.000, para 1,4 milhão em novembro. O número de pessoas em lay-off temporário ficou em 803.000. Já o número de desempregados de longa duração (27 semanas ou mais) pouco mudou, em 1,2 milhão em novembro. Os desempregados de longa duração representavam 20,6% de toda as pessoas desempregadas no mês.

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Setores

Lazer e hotelaria geraram 88 mil vagas em novembro, incluindo ganho de 62 mil na alimentação serviços e lugares para beber. Esse segmento de lazer e hotelaria gerou em média 82 mil empregos por mês até agora neste ano, menos da metade da média 196.000 empregos por mês verificada em2021.

As vagas nessa área estão 5,8% abaixo do patamar observado em fevereiro de 2020, na pré-pandemia, em 980.000 trabalhadores.

O emprego na área da saúde aumentou em 45.000, com ganhos em saúde ambulatorial serviços de cuidados, hospitais e instalações de cuidados residenciais e de enfermagem. Até agora, em 2022, o emprego na área da saúde aumentou em média 47.000 por mês, bem acima da média mensal de 2021, que foi de 9.000.

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Já o governo criou 42.000 empregos em novembro, principalmente no governo local (+32.000). A média do ano também está inferior à de 2021, com 25 mil por mês ante 38 mil. O emprego do setor governamental ainda está 2% abaixo do pré-pandemia.

O emprego industrial continuou a crescer em novembro (+14.000), com a média mensal no ano alcançando 34 mil, pouco acima dos 30 mil de média mensal observados em 2021.

O comércio varejista, por sua vez registrou queda de 30.000 vagas em novembro, principalmente em lojas de mercadorias, eletrônicos e eletrodomésticos e móveis e lojas de artigos para o lar. Isso foi parcialmente compensado ​​por um ganho de empregos no comércio de veículos e revendedores de peças. O emprego no comércio varejista perdeu 62.000 vagas desde agosto.

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O emprego em transporte e armazenamento caiu 15.000 em novembro e já diminuiu em 38.000 desde julho. Em novembro, perdas de empregos em armazenagem e estocagem e em correios e mensageiros foram parcialmente compensadas ​​por um ganho de emprego em transporte aéreo.

Na construção continuou, o emprego continuou a crescer em novembro, com mais 20.000 vagas, puxada pelo setor não residencial. A construção tem gerado uma média de 19.000 empregos por mês neste ano, pouco acima da média de 2021 de 16.000 por mês.