Shiba Inu e Ethereum Classic passam a compor ETFs da Hashdex negociados na B3

Gestora realizou mudança nas carteiras dos fundos de índice HASH11, DEFI11 e META11

Paulo Barros

Cachorro da raça Shiba Inu (Jaycee Xie/Unsplash)
Cachorro da raça Shiba Inu (Jaycee Xie/Unsplash)

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A gestora Hashdex anunciou uma mudança de composição em três dos seus seis fundos de criptomoedas negociados em Bolsa (ETFs), entre eles o HASH11, maior ETF cripto da B3 e um dos maiores do mundo. Também sofrem alterações o DEFI11, que investe no universo das finanças descentralizadas (DeFi), e o META11, que tem foco em projetos de metaverso.

Devido a um rebalanceamento no Nasdaq Crypto Index (NCI), índice criado pela gestora em parceria com a Nasdaq, o HASH11 passa a ganhar exposição ao Ethereum Classic (ETC), que ganhou força nos últimos meses por ser um dos poucos projetos que ainda mantém o sistema tradicional de mineração por poder computacional após o Ethereum (ETH) abandonar o mecanismo em setembro.

A Hashdex ressalta que o projeto, criado a partir do código original do Ethereum, possui a mesma infraestrutura tecnológica da versão mais famosa, permitindo a criação de aplicações descentralizadas e ativos digitais dos mais variados tipos, entre eles protocolos de DeFi e NFTs.

O ETC entra no HASH11 sem substituir nenhum ativo. A cesta do fundo de índice ainda conta cerca de 95% em Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), e o restante pulverizado em criptos menores como Litecoin (LTC), Chainlink (LINK), Polkadot (DOT), Uniswap (UNI) e Bitcoin Cash (BCH).

Outra novidade é a criptomoeda meme Shiba Inu (SHIB), que passa a integrar o META11 no lugar dos tokens Axie Infinity (AXS) e The Sandbox (SAND), que vêm de fortes perdas em 2022, de cerca de 90% – ambos, no entanto, permanecem no HASH11.

Segundo a Hashdex, a Shiba Inu cresceu desde seu lançamento para se tornar a moeda de pagamento para serviços do mundo real, o token de utilidade em um ecossistema de DeFi, a criptomoeda interna de um metaverso, e o ativo de governança de uma organização autônoma descentralizada.

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Já no DEFI11 sai o token do agregador de exchanges 1Inch (1INCH) e entra o otimizador de liquidez e agregador de apps Kyber Network (KNC), que é compatível tanto com Ethereum quanto com a rede de segunda camada Polygon, além da blockchain rival Avalanche.

“A Kyber Network tem como objetivo trazer eficiência para a liquidez em DeFi, além de permitir que usuários finais de finanças descentralizadas possam realizar negociações entre criptoativos com menores taxas”, diz a gestora em nota.

Dos ETFs compostos por vários criptoativos, apenas o WEB311, lançado em março de 2022 com foco em plataformas de contratos inteligentes, não sofre alterações. A Hashdex também oferta na bolsa brasileira o BITH11 e o ETHE11, que refletem diretamente os preços do BTC e do ETH, respectivamente.

Paulo Barros

Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas