O motivo eram as altíssimas temperaturas no Catar no meio do ano. Mas com a Copa do Mundo 2022 começando, excepcionalmente, em novembro, o clima está esquentando mesmo é na Black Friday.
A grande sexta-feira promocional do varejo acontece no próximo dia 25, pouco depois do início do Mundial de futebol, no dia 20, e da primeira partida da seleção brasileira, no dia 24. Com a proximidade, já tem muito torcedor se aquecendo para comprar uma televisão nova para assistir aos jogos da Copa – e muita rede varejista de olho nesse lance.
Em um levantamento online com 500 consumidores brasileiros realizado pelo Google, em parceria com a Offerwise, entre os dias 3 e 7 de outubro, 6 em cada 10 entrevistados declararam que já haviam começado a pesquisar os produtos que pretendem comprar na Black Friday 2022. E que o produto mais desejado, segundo 92% deles, era exatamente uma TV nova.
Para atender a esses clientes, grandes redes varejistas estão antecipando os descontos da Black Friday e fazendo campanhas de venda de televisão. A Via Marketplace – dona das marcas Casas Bahia, Pontofrio e Extra.com.br – por exemplo, já está vendendo aparelhos a preço de Black Friday tanto nas lojas físicas quanto nas virtuais.
Com os preços mais acessíveis, o desafio é de escolher a TV certa não só para ver os jogos mas para o seu uso e o seu bolso. O InfoMoney preparou um checklist com cinco critérios para ajudar você a escolher sua TV para curtir a Copa e fazer um bom negócio.
Check-list da TV nova
1) Definição
A maioria das televisões no Brasil possui tecnologia HD (High Definition) ou Full HD. Parte dos modelos novos, porém, vem com a tecnologia 4K, também chamada de Ultra HD (UHD). Essas TVs de ultra-alta definição atingem uma resolução de imagem de 3.840 por 2.160 pixels, que resulta em mais de 8 milhões de pixels (pontos de formação da imagem) na tela.
São quatro vezes mais pixels do que as TVs Full HD (1920 x 1080 pixels), por exemplo. Isso resulta em uma riqueza de detalhes e cores muito maior e em uma sensação de imersão na imagem.
Essa nitidez toda, porém, vem com um preço. Uma TV Ultra HD pode custar até 50% mais e consumir 30% mais energia elétrica do que uma Full HD de mesmo tamanho.
Além disso, a oferta de conteúdo 4K ainda é baixa no Brasil, onde a resolução máxima suportada pela tecnologia digital disponível hoje é a Full HD. Para acompanhar os jogos da Copa em 4K, portanto, é preciso contratar um plano de TV por assinatura ou serviço de streaming, ou seja, assumir um custo além do aparelho.
2) Tamanho
Com a combinação de Copa e Black Friday, a tentação é grande de comprar uma televisão “gigante”, com mais de 65 polegadas. Mas, antes de se decidir por uma “TVzona”, leve em conta três aspectos:
- Espaço – Para evitar sustos, lembre-se de primeiro medir se a parede ou o rack da sua casa são grandes o suficiente para as dimensões da televisão.
- Suporte – Se for pendurar a TV na parede, verifique se a superfície e o suporte são compatíveis com o peso do aparelho. Atenção redobrada se a parede for feita de gesso ou de outro material leve.
- Distância – Assistir a uma TV muito grande muito de perto pode fazer as imagens perderem naturalidade, causar cansaço visual e problemas de visão. Recomenda-se que a distância entre os olhos e a tela seja, no mínimo, o triplo da altura do aparelho, assim:
Tamanho da TV (polegadas) |
Altura do aparelho (centímetros) |
Distância para os olhos (metros) |
24 | 29,9 | 0,9 |
28 | 34,9 | 1 |
32 | 39,8 | 1,2 |
40 | 49,8 | 1,5 |
43 | 53,5 | 1,6 |
50 | 62,3 | 1,9 |
55 | 68,5 | 2,1 |
65 | 80,9 | 2,4 |
75 | 93,4 | 2,8 |
85 | 105,8 | 3,2 |
3) Tela
O tipo de tela define a finura do aparelho e é, sem dúvida, uma das principais configurações a serem decididas, pois também interfere na qualidade da imagem e no consumo de energia. As principais tecnologias de tela encontradas atualmente são:
- LED – É uma evolução do LCD, as antigas telas de cristal líquido. As imagens são formadas a partir da luz emitida pelas microlâmpadas de um painel de LED na parte de trás da tela, e enviada aos cristais líquidos da frente. É a tecnologia mais comum nas TVs Full HD. As cores ficam vivas, com brilho e contraste satisfatórios.
- Mini LED – Evolução do LED, tem qualidade de imagem superior, mais brilho e contraste, além de cores mais vivas. A inovação vem da redução no tamanho e no aumento na quantidade das microlâmpadas emitindo luz na parte traseira do equipamento.
- QLED – Os painéis QLED também possuem LEDs luminosos por trás da tela de cristal líquido, com a diferença de que o cristal vem com um composto de pontos quânticos, que filtram melhor a luz. Com isso, as cores, o brilho e a nitidez da imagem ficam mais próximos do real.
- OLED – São as telas mais finas e sofisticadas do mercado, e costumam acompanhar os modelos 4K. Nelas, a iluminação de LED traseira é substituída por diodos orgânicos que emitem a própria luz (self-lit), e formam imagens ultranítidas, com alto contraste e cores super puras, inclusive em tons escuros.
4) Smart TV
As “televisões inteligentes” são aquelas que se conectam à internet e permitem a instalação de aplicativos para ouvir música ou ver vídeos por streaming (sem download), como Spotify, YouTube, Netflix, Prime Video e tantos outros.
Elas já estão presentes em 61% dos lares brasileiros, segundo levantamento da Nielsen e da MetaX realizado em abril de 2022, e são a melhor pedida para quem, além de futebol, também gosta de assistir a filmes e séries, ou ouvir música pela televisão.
Dois aspectos importantes para se observar em uma smart TV são:
- Conectividade – A conexão pode ser por Wi-Fi ou cabo de rede. O Wi-Fi é uma opção prática, desde que o sinal do roteador seja forte e estável no ambiente. Se o roteador ficar próximo à TV, porém, uma boa solução é conectar o cabo Ethernet no aparelho diretamente. A maior vantagem é a taxa de transferência, que costuma ser mais alta e estável do que a do Wi-Fi, mesmo quando há outros dispositivos (celular, tablet, computador) conectados ao mesmo tempo.
- Sistema operacional – As marcas trabalham com diferentes sistemas operacionais, que costumam vir com aplicativos já instalados pelo próprio fabricante. A LG, por exemplo, usa o WebOS; a Samsung, o Tizen; já a Sony, a Panasonic e a TCL rodam o Android TV. Confira se o sistema operacional vem com navegador de internet e com os apps de sua preferência. Algumas marcas têm sistemas mais simples ou genéricos que, às vezes, vêm com poucas funções disponíveis.
5) Consumo de energia
Não tem jeito: Televisão é um dos eletrodomésticos que mais consome energia na casa. Quanto maior o tamanho, maior o gasto. Para que o dinheiro economizado na Black Friday não se perca em contas de luz mais caras, leve em consideração se o aparelho vai ser usado só por você ou por mais pessoas, e se fica ligado poucas ou muitas horas por dia.
Televisores “gigantes” se adaptam melhor a um consumo mais ocasional do que a um muito intenso. A tecnologia da tela também influencia o gasto com eletrecidade. Telas de LED, MiniLED e QLED, por terem iluminação traseira, podem gastar mais do que as TVs de OLED, que usam a tecnologia self-lit.
Na dúvida, um bom sinal do gasto médio de energia está na potência do aparelho. Procure comparar a potência em watts entre TVs de mesmo tamanho e mesmo tipo de tela. Quanto menor a potência, mais eficiente tende a ser a televisão no uso da energia, e mais barata deve vir sua conta de luz.
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