Ação da Suzano (SUZB3) fecha em alta de 3,48% com salto do dólar e JPMorgan elevando recomendação

O preço-alvo passou de R$ 58 para R$ 67, o que representa um potencial de valorização de 34,8% frente a cotação de fechamento da véspera

Felipe Moreira

Publicidade

As ações da Suzano (SUZB3) ficaram entre os poucos destaques de alta em um dia majoritariamente negativo para o Ibovespa, em meio à alta do dólar e elevação de recomendação pelo JPMorgan. Os ativos SUZB3 subiram 3,48%, a R$ 51,42, com Klabin (KLBN11) fechando com ganhos de 1,50%, a R$ 20,95. O dólar avançou 3,01%, a R$ 5,302 na compra e R$ 5,303 na venda: o dólar em alta beneficia exportadoras, como as empresas de papel e celulose.

Além disso, o banco americano JPMorgan destacou, em relatório, que a Suzano (SUZB3) é sua principal escolha no setor de celulose e elevou a recomendação de equal-weight (equivalente à neutra) para overweight (equivalente à compra), pois acredita que os preços da celulose ainda vão demorar para voltar a normalidade.

O preço-alvo passou de R$ 58 para R$ 67, o que representa um potencial de valorização de 34,8% frente a cotação de fechamento de sexta-feira (21) de R$ 49,69.

Continua depois da publicidade

Analistas explicam que uma combinação de interrupções de fornecimento, gargalos logísticos e atrasos de capacidade levou os preços da celulose a níveis históricos. O consenso de mercado é que os preços BHK da China fecharão o ano em US$ 750 a tonelada, implicando em uma correção significativa dos níveis atuais de US$ 860/t nas próximas semanas, improvável, na opinião do banco.

Para o JPMorgan, a dinâmica de oferta e demanda ainda está apertada na China, e há apetite reprimido por celulose em um cenário de normalização de preços. Além disso, o banco não descarta mais atrasos em adições de capacidade para o próximo ano.

Olhando para frente, a equipe de research do banco acredita que a velocidade de correção de preço será mais lenta do que o previsto, assim enxergam a Suzano como a melhor opção do setor.

Continua depois da publicidade

“Mais importante, as ações de celulose tiveram desempenho inferior aos preços da celulose e, quando impulso de ganhos para outras commodities (por exemplo, aço e mineração) se deteriorar, os ganhos de celulose devem se destacar em uma base relativa”, diz relatório.

Por fim, o banco destaca que o principal ponto negativo para Suzano é que maiores investimentos (capex) devem compensar lucros maiores. No entanto, analistas enxergam o Projeto Cerrado como agregador de valor e a empresa deve sair desse investimento relativamente alavancada (Dívida líquida/Ebitda com pico de 2,6 vezes em 2024).

Planilha

Resultados do 3º trimestre

Acesse gratuitamente a planilha secreta do InfoMoney para acompanhar a temporada de balanços. Clique no link abaixo para receber a sua por email.