O secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, general João Camilo Pires de Campos, afirmou nesta segunda-feira (17), em entrevista coletiva, que “nenhuma hipótese está afastada” nas investigações sobre o tiroteio que interrompeu uma agenda de campanha do candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) em Paraisópolis, zona sul da capital paulista.
Tarcísio teve de deixar o local escoltado por seguranças e policiais – ninguém de sua equipe ficou ferido. As autoridades confirmaram que, durante o tiroteio, um homem de 27 anos foi morto. Ele tinha duas passagens pela polícia, por roubo.
No momento do incidente, o candidato participava da inauguração de um polo universitário em Paraisópolis. Segundo relatos de testemunhas, foram ouvidos pelo menos 20 tiros nas imediações.
Em uma mensagem publicada nas redes sociais, o candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ter se tratado de um atentado – informação não confirmada pela polícia, que investiga o caso. O general Campos, por sua vez, não descarta nenhuma possibilidade.
“Nenhuma hipótese está afastada. Contudo, houve, sim, um ruído com a presença policial naquela área, e o tiroteio ocorreu a 150 metros de onde estava o candidato”, afirmou o secretário. “Com os dados que nós temos até agora, eu não considero que esse fato vá ao encontro do que o próprio candidato comentou. Talvez um ruído com a presença policial. Talvez uma tentativa de intimidação”, completou Campos.
Ainda segundo o secretário de Segurança Pública, todas as medidas necessárias foram tomadas pela polícia, e as investigações estão em andamento.
“A interrupção do evento e a retirada da equipe foram para preservar a segurança de todos. Faremos uma investigação plena e absoluta para verificar a motivação e a dinâmica [do ocorrido]”, afirmou. “Estão todos debruçados na elucidação desse caso, buscando dados, imagens de câmeras, de cinegrafistas que lá estavam e das câmaras [nos uniformes] dos policiais. Vamos em frente, atrás das informações.”
Em entrevista à CNN Brasil, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), foi cauteloso ao comentar o episódio. “Por enquanto, não dá nem para a gente denominar isso como um atentado. Dá para denominar como uma tentativa de crime”, disse.