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O Ifix – índice que reúne os fundos imobiliários mais negociados na B3 – fechou a sessão desta sexta-feira (7) com alta de 0,24%, aos 3.002 pontos. A última vez que o indicador alcançou uma pontuação superior aos 3 mil pontos foi em fevereiro de 2020. Na semana, o Ifix acumulou alta de 0,40%. Foi a 12ª semana seguida de ganhos do indicador, conforme mostra a tabela abaixo:
Semana | Retorno do Ifix |
22/07/2022 | 0,55% |
29/07/2022 | 0,74% |
05/08/2022 | 0,12% |
12/08/2022 | 1,90% |
19/08/2022 | 1,82% |
26/08/2022 | 0,60% |
02/09/2022 | 1,18% |
09/09/2022 | 0,15% |
16/09/2022 | 0,15% |
23/09/2022 | 0,20% |
30/09/2022 | 0,02% |
07/10/2022 | 0,40% |
Fonte: Economatica
Considerando o desempenho semanal, é a maior sequência de resultados positivos do Ifix desde março de 2017, quando o indicador acumulou 13 semanas seguidas de elevação.
O fundo BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11) liderou a lista das maiores altas do pregão, com forte elevação de 8,24%. O resultado ocorre após o fim da polêmica em torno da fazenda Vianmancel, em Nova Maringá (MT), cujo terreno pertence ao FII BTG Pactual Terras Agrícolas (BTRA11). Segundo fato relevante divulgado pelo fundo, a reintegração de posse do espaço foi “exitosa” e já há um novo inquilino para o local.
A carteira adquiriu a fazenda em agosto de 2021, em uma operação sale-leaseaback, que prevê o aluguel do imóvel comprado para o ex-proprietário – no caso, o grupo Cella. Em junho, porém, o locatário pediu recuperação judicial, o que levantou uma série de questionamentos sobre o contrato firmado entre as duas partes.
Em julho, o fundo conseguiu na Justiça, em decisão liminar, a reintegração de posse do terreno. Entre outros pontos, a carteira alegava que o espaço estava sendo utilizado por terceiros e que uma das remunerações previstas no contrato – equivalente ao aluguel – não foi paga. A ordem foi cumprida nesta quinta-feira (6), de acordo com comunicado do FII ao mercado.
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“Em cumprimento à ordem judicial exarada pelo Tribunal de Justiça do Estado do Mato Grosso, o fundo conduziu de forma exitosa a reintegração de posse dos imóveis”, confirma o documento. “Destaca-se, ainda, que os imóveis se encontram operacionais, produtivos e em processo de plantio pelo novo arrendatário”.
No fato relevante que trata da reintegração de posse, o BTG Pactual Terras Agrícolas destacou também a assinatura de um novo contrato de locação do terreno que abrigava a fazenda Vianmancel. A chegada do novo inquilino elevará a receita do fundo em até R$ 0,60 por cota, calcula a equipe de gestão.
Durante a polêmica com o antigo locatário, os gestores tiveram de reduzir o volume de dividendos que estava sendo distribuído aos cotistas. A carteira começou a pagar R$ 0,70 por cota, abaixo do valor pago nos meses anteriores, de aproximadamente R$ 0,94.
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Além do terreno em Nova Maringá – que representa 24% da receita do fundo – o portfólio do BTG Pactual Terras Agrícolas conta ainda com outros cinco imóveis, sendo quatro em Mato Grosso e um na Bahia, totalizando 10.079 hectares. O fundo tem atualmente 19.310 cotistas.
Maiores altas desta sexta-feira (7):
Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
BTRA11 | BTG Pactual Terras Agrícolas | Agro | 8,24 |
BTCR11 | BTG Pactual Crédito Imobiliário | Títulos e Val. Mob. | 2,93 |
ARRI11 | Átrio Reit Recebíveis | Títulos e Val. Mob. | 2,36 |
VISC11 | Vinci Shopping Centers | Shoppings | 2 |
CARE11 | Brazilian Graveyard and Death Care | Outros | 1,98 |
Maiores baixas desta sexta-feira (7):
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Ticker | Nome | Setor | Variação (%) |
TRXF11 | TRX Real Estate | Outros | -2,97 |
RCRB11 | Rio Bravo Renda Corporativa | Lajes Corporativas | -1,63 |
PORD11 | Polo Recebíveis | Títulos e Val. Mob. | -1,1 |
HSLG11 | HSI Logística | Logística | -0,97 |
BRCR11 | BC FUND | Híbrido | -0,76 |
Fonte: B3
HGLG11 finaliza a compra de imóveis da Log (LOGG3), nova emissão do TRXF11 e mais assuntos
Confira as últimas informações divulgadas por fundos imobiliários em fatos relevantes:
TRXF11 quer captar R$ 200 milhões em nova oferta
O FII TRX Real Estate aprovou a realização da sétima emissão de cotas do fundo, que pretende captar até R$ 200 milhões, de acordo com comunicado da carteira ao mercado.
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O valor unitário dos novos papéis foi fixado em R$ 103,00 e a taxa de distribuição da oferta será de R$ 1,55, totalizando um preço de subscrição de R$ 104,55 por cota.
Na abertura do mercado nesta sexta-feira (7), os papéis do TRX Real Estate estavam sendo negociados a R$ 112,31. O valor patrimonial do fundo – espécie de valor justo – é equivalente a R$ 103,73 por cota.
Os cotistas com posição no final da sessão do dia 14 de outubro terão direito de preferência na oferta, que poderá ser exercido entre os dias 19 e 31 de outubro de 2022.
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Com patrimônio de R$ 751 milhões, o fundo conta com 54 imóveis localizados em 14 estados e 37 municípios. Juntos, os espaços somam uma área bruta locável (ABL) de 543 mil metros quadrados.
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HGLG11 finaliza a compra de imóveis da Log (LOGG3) em Minas Gerais
Após superadas as condições previstas no contrato, o CSHG Logística concluiu a compra de 47,88% de empresa proprietária de condomínio logístico multiusuário em Betim (MG). O negócio foi fechado com a Log Comercial Properties e Participações (LOGG3).
O preço de aquisição foi ajustado em R$ 321 mil, totalizando R$ 209,4 milhões, conforme aponta fato relevante divulgado pelo fundo. O valor equivale a R$ 3.171,21 por metro quadrado.
O imóvel, de quase 138 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), conta com oito galpões logísticos construídos e alugados.
A transação com a Log Comercial foi iniciada no final de julho e envolvia a aquisição de outro condomínio logístico em Betim, espaço com 95 mil metros quadrados de ABL, que custou 253 milhões, ou R$ 2.648,71 por metro quadrado.
Maior FII do segmento logístico em número de cotistas – 327,7 mil –, o HGLG11 tem um portfólio de 19 imóveis que, juntos, somam uma ABL de 823 mil metros quadrados.
Os galpões estão localizados nos estados de Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Atualmente a taxa de vacância dos espaços está em 7,8%, de acordo com o último relatório gerencial do fundo.
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Cotistas do CXTL11 pedem venda de imóvel do fundo
Investidores com mais de 5% das cotas do FII Caixa SEQ Logística defendem a venda de imóvel localizado em Duque de Caxias (RJ), que faz parte do portfólio do fundo.
O grupo solicitou ao fundo a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) para discutir com os demais cotistas a alienação do espaço – que atualmente está 100% locado para a Atmosfera Gestão e Higienização de Têxteis.
Os investidores solicitantes sugerem a venda do imóvel – de 7.671 mil metros quadrados – pelo preço mínimo de R$ 14,5 milhões, aponta fato relevante divulgado pelo FII Caixa SEQ.
A gestão do fundo já analisou as informações do pedido para a convocação da AGE – inclusive a identificação dos cotistas responsáveis pela solicitação – e sinaliza que convocará a assembleia.
Além do galpão em Duque de Caxias, o Caixa SEQ é dono ainda de outro imóvel em Macaé, também no Rio de Janeiro. A ABL do fundo é 12,8 mil metros quadrados.
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Dividendos hoje
Confira quais fundos distribuem rendimentos nesta sexta-feira (7):
Ticker | Fundo | Rendimento |
NSLU11 | Hospital Nossa Senhora de Lourdes | R$ 1,40 |
RZTR11 | Riza Terrax | R$ 1,25 |
PORD11 | Polo Recebíveis | R$ 1,10 |
HSAF11 | HSI Ativos Financeiros | R$ 1,00 |
LVBI11 | VBI Logístico | R$ 0,75 |
BPFF11 | Brasil Plural Absoluto | R$ 0,70 |
HSML11 | HSI Malls | R$ 0,68 |
PVBI11 | VBI Prime Properties | R$ 0,57 |
SPTW11 | SP Downtown | R$ 0,40 |
ARRI11 | Átrio Reit Recebíveis | R$ 0,14 |
VGHF11 | Valora Hedge Fund | R$ 0,09 |
GALG11 | Guardian Logística | R$ 0,08 |
Giro Imobiliário: os FIIs mais indicados para outubro; KNCR11 assume vice-liderança e HGRU11 entra na lista
O mercado de fundos imobiliários (FIIs) seguiu com viés positivo em setembro, mas a intensidade foi menor em relação a agosto – que permanece como o melhor período do ano para o segmento, até agora. No mês passado, o índice da B3 relativo ao setor (Ifix) apresentou leve alta de 0,5%, fechando em 2.991 pontos. O desempenho ampliou para 6,6% o ganho acumulado em 2022, frente a 5% do Ibovespa.
Da mesma forma que no levantamento anterior, grande parte das corretoras monitoradas pelo InfoMoney fez ajustes pontuais nas carteiras recomendadas de FIIs para outubro. A única exceção foi a Genial Investimentos, que excluiu quatro carteiras e acrescentou duas em sua base de indicações.
No balanço geral das escolhas, a liderança permanece com o Bresco Logística (BRCO11), pela 14ª vez consecutiva, com os mesmos oitos apontamentos.
Houve mudanças, no entanto, nos demais destaques. A vice-liderança passa a ser ocupada pelo Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), que ganhou uma indicação e subiu para seis – ao contrário do CSHG Recebíveis Imobiliários (HGCR11), que saiu de um dos portfólios e pulou para a terceira posição, contabilizando cinco recomendações.
Cinco também é o número de citações alcançado pelo CSHG Renda Urbana (HGRU11), a novidade do mês, tendo registrado uma estreia no período. A carteira tomou o lugar do BTG Pactual Logística (BTLG11), que foi substituído por uma corretora e acabou de fora da lista dos mais lembrados.
A relação se encerra, mais uma vez, com o Capitânia Securities II (CPTS11), que se manteve com quatro indicações e ficou na dianteira dos fundos na mesma condição, pelo critério de desempate.