Ações da WEG (WEGE3) sobem após dupla elevação de recomendação por banco

Morgan Stanley está otimista com a WEG, pois a empresa está bem posicionada para se beneficiar das tendências de automação e descarbonização

Felipe Moreira

WEG (Divulgação: Linkedin)
WEG (Divulgação: Linkedin)

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As ações da WEG (WEGE3) se destacam entre as maiores altas do Ibovespa na abertura dos negócios nesta sexta-feira (30), após dupla elevação de recomendação por parte do Morgan Stanley, de underweight (equivalente à venda) para overweight (equivalente à compra).

O preço-alvo das ações da WEG (WEGE3) passou de R$ 26 para R$ 39. Neste início de pregão, os papéis estão cotados a R$ 31,24. Nos últimos doze meses, suas ações acumulam perdas de 23,07% e, apenas em 2022, queda de 7,08%.

De acordo com relatório, a mudança de recomendação se baseia no “posicionamento favorável da companhia em relação aos temas de automação, descarbonização e eletrificação” – “tendências de longo prazo que apoiam uma avaliação premium para WEG, que deve continuar a ter o maior crescimento de receita/Ebitda e níveis de rentabilidade entre seus pares de classe mundial”.

Além disso, o documento destaca as perspectivas construtivas sobre o cenário global de investimentos (ou seja, a mudança no mix de gastos favorece a WEG, apesar de uma possível desaceleração econômica)”. Nessa semana, a WEG anunciou investimentos de R$ 600 milhões na expansão da capacidade produtiva.

O documento também traz uma grande revisão para cima da taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) de receita da fabricante de motores elétricos – para 14% no período entre 2021-2030, antes era de aproximadamente 10%.

A equipe de research do banco acredita ainda que a “normalização” do retorno sobre capital investido (ROIC, na sigla em inglês) da WEG ocorra gradualmente ao longo dos próximos anos e que seus níveis de retorno permaneçam superior aos 20%, materialmente acima dos níveis pré-pandemia.

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WEG tem histórico favorável modelo de negócios diferenciado

O Morgan Stanley acrescentou que o modelo de negócios diferenciado da WEG e potenciais mercados endereçáveis podem sustentar uma taxa de crescimento média próxima do que a companhia apresentou no passado, sustentado principalmente por potenciais ganhos de participação de mercado no exterior na área de Equipamentos Eletroeletrônicos Industriais (EEI) e pela crescente demanda por produtos de Geração, Transmissão e Distribuição de Energia devido à transição para energia renovável.

“Entre outros fatores, a WEG se destaca por sua elevada escala no Brasil, alto nível de integração vertical em muitos negócios, abordagem modular de capex, foco no crescimento orgânico ou por meio de pequenas aquisições (o que facilita a manutenção ou introdução de sua cultura ) e um horizonte de investimento de longo prazo”, escreveu Morgan Stanley, em relatório.

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