Companhia americana criada por brasileiro é acusada de “pirâmide mal disfarçada”

A denúncia contra a Wings Network surgiu cerca de um mês depois do escândalo da Telexfree

Arthur Ordones

Publicidade

SÃO PAULO – Um mês após a denúncia contra a Telexfree, a Secretaria de Estado de Massachussetts, nos Estados Unidos, entrou com uma acusação formal contra a companhia Wings Network, criada pelo brasileiro Sérgio Tanaka, que possui mais 14 empresas em solo norte-americano.

De acordo com a acusação, realizada na última quinta-feira (15), a companhia – que cobra US$ 1.499,00 por pacotes de eletrônicos (jogos, aplicações, armazenamento em nuvem e ferramentas de marketing) e depois promete ao comprador US$ 750,00 por mês se ele conseguir mais dois participantes e US$ 550,00 por dia se conseguir mais seis – já arrecadou, em menos de seis meses, US$ 12 milhões dos moradores de Massachussetts.

Segundo o criador da companhia, os pacotes que são vendidos caracteriza o negócio como marketing multinível, mas, para as autoridades, esse é um disfarce muito mal feito de uma pirâmide financeira, afinal, todo o capital da empresa vem da venda dos pacotes iniciais, e não da venda dos produtos.

A Secretaria de Estado determinou o fim imediato das atividades da empresa em Massachussetts, o que pode levar as autoridades federais a barrarem a atividade da empresa nos EUA como um todo, assim como ocorreu com a Telexfree.

A Wings informou, por meio do seu site, que suspendeu “voluntariamente e de maneira provisória as atividades em solo americano, visto que não houve qualquer alegação de que tenha ocorrido atitude equivocada da empresa”.

Além de Tanaka, a companhia ainda conta com um diretor-presidente brasileiro, Carlos Luis da Silveira Barbosa, um economista que mora em Portugal.