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A sessão desta sexta-feira (2) foi, mais uma vez, de disparada para as ações de construtoras, com o índice imobiliário (IMOB) da Bolsa saltando 3,57% na sessão e em alta de 6,5% em dois dias.
Os ativos de Tenda (TEND3), MRV (MRVE3) e Cyrela (CYRE3) tiveram ganhos respectivos de 16,42% (R$ 7,16), 8,14% (R$ 11,95) e 7,86% (R$ 16,33). Direcional (DIRR3) subiu 7,04% (R$ 14,45) e Cury (CURY3) tinham alta de 3,59%, a R$ 9,53.
Cabe ressaltar que, além do dia de queda dos juros, que contribuiu para a alta, o noticiário sobre o setor, principalmente para as companhias voltadas à baixa renda, beneficiaram os ativos.
Na véspera, a Caixa Econômica Federal (CEF) divulgou medida que estende o prazo máximo do financiamento imobiliário do programa Casa Verde e Amarela (CVA) de 30 para 35 anos. “Em nossa visão a mudança é positiva e beneficia o poder dentro do programa e fortalece a rentabilidade da MRV e de outras construtoras de baixa renda”, destaca a XP.
Conforme destaca Ygor Altero, analista da XP, a medida pode gerar uma diminuição de até 7,5% nas parcelas de financiamento imobiliário ou utilizada para a aquisição de um imóvel de maior valor.
A aprovação deve incluir todas as faixas de renda do programa, sendo válida para financiamentos na tabela PRICE e SAC
Além disso, foi anunciada a ampliação do programa para inclusão de financiamentos de imóveis de um dormitório
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“Em nossa opinião, a medida amplia o poder de compra dentro do programa Casa Verde e Amarela, o que deve aumentar a rentabilidade das companhias que atuam dentro do CVA. Além disso, a aprovação da medida para todas as faixas de renda do programa e para financiamentos nas tabelas SAC e PRICE, diminui as incertezas que havia sobre a amplitude da medida desde a sua primeira divulgação em maio”, aponta Altero.
O Bradesco BBI aponta que o anúncio da Caixa é positivo para as construtoras de baixa renda. O prazo adicional deve reduzir a parcela inicial em 4-7%, dependendo da faixa de renda do programa e da taxa de hipoteca específica (7,16%-4,25% a.a.).
Os analistas do Credit Suisse veem a notícia como sendo mais uma vitória para construtoras de baixa renda já que, com esse reajuste, as parcelas do financiamento imobiliário podem diminuir em ate 7,5% e, com isso, aumentar o poder de aumento de preços das empresas.
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Outra notícia positiva veio também da Caixa, que divulgou informações parciais para contratação do programa Casa Verde Amarela (CVA).
Os números surpreenderam o mercado, com as medidas recém anunciadas de fomento ao setor, pelo Governo Federal, fornecendo um movimento de alta aos papéis de construtoras e incorporadoras já na véspera.
A contratação de financiamentos ao programa apresentou uma forte elevação no mês de Agosto (+40% na base mensal). Os dados foram divulgados em reunião realizada pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) com participantes do setor, pelo Vice-Presidente de Habitação do Banco. Em paralelo, o número de contratações cresceu de forma geral, com o montante para os financiamentos que incluem recursos da poupança, além do FGTS, chegando ao montante de R$ 16,3 bilhões em julho (alta de 38,8% na base anual).
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“Projetamos esse movimento desde o anúncio das medidas de estímulo ao setor no final de junho. Nesse momento, temos uma confirmação dessas perspectivas, com o IMOB acumulando alta de 17% desde o início de julho. Esse movimento é composto pela ampliação do teto do programa habitacional (Grupos 2 e 3), extensão do prazo de pagamento (30 para 35 anos) e possibilidade de utilizar o FGTS mensal no pagamento das parcelas dos financiamentos”, destaca a Levante.
Os números confirmam um cenário favorável para alguns segmentos de construção e incorporação, avalia a casa de análise apontando que, de fato, imóveis de alto padrão, com taxas de financiamento delimitadas pelo mercado, perderam
aderência desde os aumentos persistentes nas elevações das taxas de juros.
“Por outro lado, o segmento de baixa renda apresentou uma nova dinâmica com os estímulos governamentais. Os resultados do 2T22 vieram mais fortes para empresas voltadas à produção dentro do CVA – destacamos Direcional
e Cury em nossos resultados”, avaliam os analistas.
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A perspectiva é que esses números retornem aos patamares iniciais de volume de contração para o CVA,
que apresentou retração na primeira metade do ano. Para tanto, a Caixa planeja um orçamento de R$ 68 bilhões destinado
ao crédito imobiliário no ano corrente, com uma possível ampliação ao Conselho Curador de Crédito (FGTS) – órgão que forneceu as medidas de fomento ao CVA em representação ao Governo Federal.
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