Laboratório do BC seleciona projetos com blockchain, tokens e DeFi

Banco Central selecionou 8 projetos para o LIFT e pelo menos metade deles utiliza tecnologia cripto

Rodrigo Tolotti

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O Banco Central, em parceria com a Federação de Servidores do BC (Fenasbac), anunciou na sexta-feira (26) a lista de oito projetos selecionados para o Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT) de 2022, sendo que pelo menos metade deles envolve tecnologia blockchain.

O primeiro deles foi apresentado pelo Itaú e é focado em criar um pool de liquidez em finanças descentralizadas (DeFi). De acordo com o anúncio do BC, essa será uma “plataforma que, por meio de blockchain e smart contracts, permite a custódia, troca de moedas e investimentos alternativos”.

O sistema irá criar um pool de liquidez com tokens que emulam stablecoins, que podem ter paridade com qualquer moeda fiduciária, com seu funcionamento sendo similar ao que já existe em DeFi, em projetos focados em ofertar liquidez em mercados de ativos digitais.

Outra selecionada, a Easy Hash busca fazer o que chama de “Microcrédito Descentralizado”, por meio da tokenização de ativos financeiros em blockchain para descentralização do risco do crédito entre diversos credores.

A empresa Lovecrypto, por sua vez, apresentou um projeto de interoperabilidade entre o real digital e uma blockchain pública, a Celo, que ainda terá uma possível integração com o Pix.

Já a Nest apresentou um projeto que busca reduzir os custos e a complexidade no uso de Cédulas de Crédito Bancário (CCBs) através da aplicação de smart contracts e stablecoins ou moedas digitais de bancos centrais (CBDCs).

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Entre os outros projetos estão o da G10 Bank, que visa a inclusão financeira promovendo a concessão de microcrédito para pessoas vulneráveis integrantes do G10 favelas, e também o da Delend, que criou um protocolo de crédito descentralizado para pequenas e médias empresas através de uma plataforma digital que usa open finance para análise de crédito.

Completam a lista a Ailos e sua plataforma de pagamento e parcelamento facilitado, e um segundo projeto do Itaú, que busca oferecer pagamento de Pix usando NFC e QR Code Offline, onde a transação será realizada com base em saldos reservados no banco.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.