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As causas sociais que escolhemos para apoiar dizem muito sobre quem nós somos e são parte da construção da nossa identidade. É como a roupa que se veste, a música que se ouve. É como nos colocamos no mundo.
E ver-se como membro de um grupo maior é, ainda, um aspecto essencial da identidade de uma pessoa. Descobrir a sua causa é também um caminho de fortalecimento da cultura de doação – entendemos que assim é muito mais prazeroso se envolver com as mudanças que o mundo precisa, em diferentes frentes, para assim, conscientizar, engajar, mobilizar a sociedade em benefício da transformação social.
“Desde que nasci eu posso dizer que tenho um olhar para cães e gatos, animais em geral, e isso acabou mobilizando a minha vida toda. A causa animal é minha paixão por ela está presente em todas as minhas ações no dia a dia”, conta Marcelo Vieira, mais conhecido como Marcelinho Protetor. Sua paixão pelos animais o levou a fundar o Projeto Bichos do Gueto, um abrigo que trabalha com o acolhimento e adoção de cães e gatos, que hoje já abriga mais de 150 animais.
É essa paixão por um tema que faz com que o envolvimento com a causa seja contínuo e crie raízes profundas. Nos Estados Unidos, onde a cultura de doação é uma das mais fortalecidas do mundo, 24% das pessoas que possuem patrimônio de pelo menos um milhão de dólares integram o conselho de alguma ONG e 81% delas doam porque acreditam na missão daquela instituição.
As causas mobilizam também a identidade de empresas, cada vez mais preocupadas com a responsabilidade social de suas ações e como se apresentam ao mundo. E fazer escolhas e definir o território de apoio às causas pode não ser uma tarefa fácil, uma vez que as diferentes afinidades de lideranças, stakeholders e colaboradores fazem parte do DNA da empresa.
“O olhar que a gente desenvolve é de encontrar a causa que mais faça sentido para a empresa e partimos do propósito do que essa empresa é. Uma boa causa para uma empresa defender é a causa que está no centro, na causa da empresa e nas demandas da sociedade naquele determinado momento”, explica o cientista político Leandro Machado, cofundador e sócio da Cause, consultoria que conecta empresas e organizações sociais.
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Do outro lado, as organizações da sociedade civil também devem ficar atentas às causas que mobilizam as empresas, que podem ser possíveis apoiadores de seus trabalhos junto à sociedade. Segundo Machado, é preciso fazer a lição de casa . “A primeira dica que eu daria é conhecer a audiência. É conhecer com quem você está falando, é conhecer para quem é que você vai pedir. De onde essa pessoa vem, de onde essa organização, no que ela acredita, quais são os problemas dela, qual é este momento que ela está passando. Entender que a partir desse conhecimento você vai conseguir estabelecer laços de similaridade, você vai conseguir oferecer mais. Você só vai conseguir oferecer boas contrapartidas se você souber o que aquela pessoa quer ou o que ela está buscando”, conclui.
E em um país com tantas causas, pode ser difícil identificar qual é aquela que ganha seu coração e elas podem ser muitas, afinal, a cada momento da vida podemos mudar nossos interesses e também o nosso olhar para as causas sociais que irão mobilizar nosso ativismo, nossas doações.
Para ajudar a conectar pessoas às causas e incentivar a doação para organizações da sociedade civil e a realização de trabalho voluntário, o Instituto MOL está prestes a relançar o Descubra sua Causa, um teste online que aproxima as pessoas de causas sociais, criado em 2018 pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social.
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Em 2021, em parceria com o Instituto MOL, o teste foi reformulado, entendendo a necessidade de atualizar o conteúdo de acordo com as transformações recentes da sociedade brasileira. A nova versão do Descubra sua Causa apresenta 10 resultados possíveis de causas e novas indicações de formas de engajamento (pessoas para seguir, livros e séries, ações para começar a agir hoje, entre outras) e estará disponível a todos, gratuitamente, em breve.
O podcast Aqui se Faz, Aqui se Doa!, é uma produção do Instituto MOL com apoio do Movimento Bem Maior, Morro do Conselho Participações e Ambev, além de divulgação do Infomoney.