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O Nubank (NYSE:NU;B3:NUBR33) anunciou nesta segunda-feira (15) que um de seus principais executivos acumulará o novo cargo de presidente, assumindo parte das funções do fundador e presidente-executivo David Vélez, a quem se reportará.
O banco digital afirmou que Youssef Lahrech, diretor de operações da companhia há dois anos, “administrará diretamente a operação, orçamento e o desempenho das métricas-chave para os produtos globais, as plataformas globais, as operações de mercado e as funções corporativas”.
Outros executivos do Nubank, incluindo a cofundadora e presidente do Brasil, Cristina Junqueira, vão se reportar a Lahrech.
“David Vélez continuará a orientar e manter a supervisão da gestão operacional, da liderança, cultura e reputação” do Nubank, afirmou a companhia. Vélez “priorizará a estratégia de longo prazo, incluindo o desenvolvimento de produtos, a expansão para novos mercados e novas aquisições”.
O anúncio, uma semana após o banco ter anunciado a saída da cantora Anitta de seu conselho de administração, veio no momento em que o Nubank divulgou seus resultados do segundo trimestre.
A fintech registrou prejuízo líquido de US$ 29,9 milhões no segundo trimestre do ano, um aumento de 96,7% em relação ao saldo negativo registrado um ano antes (de US$ 15,2 milhões).
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O resultado líquido ajustado, porém, foi de lucro de US$ 17 milhões. A previsão média de analistas ouvidos pela Refinitiv era de US$ 23,3 milhões. A cifra representa uma alta de 3,03% em relação aos R$ 16,5 milhões obtidos no mesmo período do ano passado. O número é ajustado por despesas com remuneração baseada em ações e efeitos tributários.
O Nubank fechou junho com 65,3 milhões de usuários, incluindo Brasil, México e Colômbia, um aumento de 57% em 12 meses.
A receita total cresceu 230%, para US$ 1,2 bilhão. A receita média por cliente subiu 105% ano a ano, a US$ 7,8, enquanto o custo médio por cliente foi de US$ 0,80, estável.
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Um dos principais pontos de atenção de investidores em relação aos balanços de bancos brasileiros do segundo trimestre, a qualidade da carteira de crédito do Nubank também mostrou deterioração, com o índice de inadimplência acima de 90 dias subindo de 3,5% para 4,1%.
No Brasil, seu principal mercado, o Nubank chegou a 62,3 milhões de clientes no fim de junho, alta de 51% sobre um ano antes. “Isso provavelmente posiciona o Nu como a quinta maior instituição financeira do Brasil em número de clientes”, afirmou o banco em comunicado. Embora não tenha mencionado nomes, o Nubank supera o Santander Brasil (SANB11), que recentemente divulgou que tinha 56,1 milhões de clientes no fim de junho.
As ações do Nubank encerraram o dia com alta de 10,1%, cotadas a US$ 4,68, na bolsa de Nova York.
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(com Reuters)