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A JBS (JBSS3) registrou um lucro líquido de R$ 3,9 bilhões no segundo trimestre de 2022, informou a companhia nesta quarta-feira (10), queda de 9,5% na base anual.
A queda do lucro se dá mesmo com a companhia registrando um aumento da receita líquida de 7,7% na base anual, para R$ 92,1 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês), considerado o lucro operacional, recuou 11,5% na mesma comparação, para R$ 10,3 bilhões.
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O consenso Refinitiv com analistas projetava lucro de R$ 3,2 bilhões, Ebitda de R$ 9,9 bilhões e receita de R$ 91,54 bilhões no trimestre.
O faturamento da JBS foi impulsionado por uma alta de 18% ao ano da receita provinda de Pilgrim’s Pride, que chegou a R$ 22,7 bilhões.
“Nos Estados Unidos, a demanda nos canais de varejo e food service permaneceu robusta mesmo diante de um cenário inflacionário desafiador. As melhoras operacionais, o portfólio de produtos diversificado, a boa rentabilidade no negócio de big birds e o contínuo crescimento dos produtos com marca foram os principais impulsionadores do aumento da rentabilidade no período”, explica a companhia, em documento publicado na noite desta quinta-feira (11).
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A companhia destaca também a performance da receita da JBS Austrália, de 22,5%, para R$ 8,2 bilhões, e da JBS Brasil, com alta de 10,8%, indo a R$ 14,1 bilhões.
Essas unidades de negócios conseguiram compensar o recuo de 4,6% da receita JBS Beef North America, que foi para R$ 27,1 bilhões. A queda é justificada pela companhia, em parte, por conta da apreciação do câmbio médio.
Além de pesar sobre a receita, o desempenho do braço de carne bovina dos EUA também foi o principal motivo do recuo do Ebitda, que estaria recuando por conta do “início da normalização dos resultados do braço de carne bovina nos EUA”.
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“O resultado da JBS Beef North America foi pressionado pela inflação dos insumos e pelo já comentado aumento no preço do gado no país, explicado pela atual tendência de redução do rebanho”, comenta o frigorífico.
O resultado financeiro do frigorífico também piorou na base anual, retirando R$ 2,5 bilhões do balanço, ante R$ 1,15 bilhão em junho de 2021. A diferença, segundo o balanço, se dá principalmente por maiores gastos com juros sobre empréstimos e financiamentos – os juros passivos cresceram 48%, chegando a R$ 1,7 bilhão.
A JBS viu sua dívida líquida chegar a R$ 78 bilhões, alta de 44% frente aquilo registrado em junho do ano passado. “A dívida foi impacatada, principalmente, pelo consumo de capital de giro de US$ 523 milhões, por US$ 658 milhões de remuneração aos investidores e por um investimento de US$ 534 milhões”, justifica.
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