Direcional (DIRR3) reporta conjunto de resultados fortes e analistas veem companhia bem posicionada

Resultados foram considerados fortes e acima do esperado pelo consenso do mercado.

Felipe Moreira

Foto: Divulgação
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Os números do segundo trimestre de 2022 (2T22) divulgados pela Direcional (DIRR3) na noite desta segunda-feira (8) foram considerados fortes e acima do esperado pelo consenso do mercado. As ações têm leves ganhos na sessão desta terça (9), de 1,24%, a R$ 13,06, por volta das 10h20 (horário de Brasília).

Segundo a XP Investimentos, o destaque do resultado foi a receita líquida recorde de R$ 586 milhões, ligeiramente acima das suas estimativas, devido a vendas líquidas recorde e maior andamento de obras, implicando no sólido reconhecimento de receita no trimestre (POC).

“A Direcional divulgou outro conjunto de resultados muito bons. A empresa vem combinando fortes desempenhos, tanto na frente operacional quanto financeira, e tem sido capaz de sustentar uma margem bruta melhor do que a esperada, ao mesmo tempo em que também cresceu sua receita líquida em 39% na comparação anual, o que levou a uma sólida diluição do G&A que direcionou o lucro líquido a um ROE de dois dígitos anualizado (a 16% no 2T22), além de ter uma forte geração de caixa”, comenta Bradesco BBI, em relatório.

Para Credit Suisse, a construtora apresentou resultados fortes conforme o esperado no 2T22, atingindo recordes de receita e mantendo sua margem bruta saudável e muito acima da média de seus pares. “Mais importante, a empresa foi coerente com seu discurso e avançou com a diluição das despesas e o retorno de valor aos acionistas (dividendos e recompra).”

Além disso, o time de research do Credit Suisse afirmou estar construtivo quanto à capacidade de execução da Direcional e esperam que a empresa continue aumentando os preços sem comprometer suas operações (impulsionado pelos ajustes no programa CVA).

Analistas do Itaú BBA destacam que a receita líquida atingiu um recorde histórico e a margem bruta manteve-se em níveis saudáveis, “respaldada pela efetiva política de precificação de produtos da empresa”.

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Olhando para o futuro, o BBI vê a Direcional em uma posição sólida para se beneficiar das mudanças do CVA (Casa Verde e Amarela) que entraram em vigor em julho, mas com um ponto de partida acima da média, o que deve permitir à empresa flexibilidade diferenciada para escolher entre ganhos de margem ou aumentos na velocidade de vendas/participação de mercado. Dito isso, o banco reforça sua recomendação de compra para DIRR3 a um preço-alvo de R$ 19,00, o que representa um potencial de alta de 47,3% frente ao fechamento da cotação de fechamento de segunda-feira (8) de R$ 12,90.

Itaú BBA e XP Investimentos também possuem classificação outperform (equivalente à compra) para Direcional, com preço-alvo de R$ 16 e R$ 17, nesta ordem.

Apesar de ter uma visão positiva da resiliência das operações da Direcional e da execução de alta qualidade, o Credit Suisse reitera recomendação neutra para companhia, com preço-alvo de R$ 15, dado o valuation esticado, deixando os analistas do banco mais cautelosos.

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