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A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou nesta quinta-feira (4) a redução dos preços de venda de diesel para as distribuidoras, válidos a partir de sexta (5).
O preço médio de venda de diesel A da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 5,61 para R$ 5,41 por litro, uma redução de R$ 0,20 por litro, ou uma queda de 3,57%.
Considerando a mistura obrigatória de 90% de diesel A e 10% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 5,05, em média, para R$ 4,87 a cada litro vendido na bomba (queda de 3,56%).
“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, informou a companhia.
O petróleo Brent no mercado internacional atingiu nesta quinta-feira o nível de cerca de 93,50 dólares o barril, o menor desde 21 de fevereiro, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, com preocupações de que recessão da economia global possa afetar a demanda.
Em 1º de maio de 2021, a última vez que a Petrobras efetuou uma redução no diesel, o barril era cotado a quase US$ 70.
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“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para o diesel, e é coerente com a prática de preços da Petrobras…”, disse a companhia, em nota.
A empresa citou ainda que “busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.
O comunicado reiterou a política de preços da Petrobras, diante de temores do mercado sobre eventual ingerência do governo de Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição. O presidente já trocou o CEO da Petrobras em três oportunidades devido ao descontentamento com o rumo da política de combustíveis.
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“Nada a ver com a mudança de comando. O que mudou foi o petróleo. O mercado tem cedido bem lá fora e isso justifica”, disse à Reuters uma fonte próxima da companhia.
O sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, que chegou a ser apontado para atuar como CEO da empresa mas não assumiu por questões relacionadas a conflitos de interesses, faz avaliação semelhante.
“Há perspectiva de uma recessão mundial por conta da alta dos juros nos EUA e na Europa. Nossos preços estão acima dos preços internacionais e há espaço para reduções do diesel e da gasolina daqui pra frente”, disse Pires.
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Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), hoje foi o 13º dia seguido em que o preço médio do diesel no país estava superior ao da média internacional, variando de 10 a 51 centavos por litro.
O preço mais alto no mercado interno é o principal fator para manter o interesse de importadores em fornecer o combustível para o Brasil. O país importa de 30% a 35% do diesel que consome.
Segundo Pires, porém, ainda é possível fazer novas reduções mantendo-se a atratividade para os importadores.
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“A meu ver daria para reduzir a gasolina uns 10 centavos e o diesel em 15 centavos. O Caio está dando sorte”, disse Pires, referindo-se ao presidente da Petrobras, Caio Mário Paes de Andrade, que assumiu o cargo em 28 de junho.
A companhia já reduziu os preços da gasolina A (pura) duas vezes neste ano, ambas em julho: 4,9% no dia 20 e 3,89% no dia 29.
(com Reuters)
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