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Quando a Petrobras (PETR3;PETR4) divulgou seu balanço do primeiro trimestre de 2022, analistas esperavam de forma consensual um bom resultado e o destaque, por isso, ficou para a distribuição de proventos. Nesta temporada do segundo trimestre, o cenário não é muito diferente, com a diferença de que os dividendos podem chamar ainda mais atenção.
Nesta semana, circulou a notícia de que o Governo Federal pediu para as estatais anteciparem a distribuição de caixa para seus acionistas e o conselho da Petrobras teria discutido essa possibilidade internamente.
“Para este trimestre, esperamos que a empresa anuncie US$ 12 bilhões em dividendos, porém, caso a empresa antecipe valores, não descartamos a possibilidade desse nível aumentar para US$ 16 bilhões”, comentam os analistas do Bradesco BBI, em relatório.
A Petrobras viu, segundo sua prévia operacional, sua produção de barris de óleo ou equivalentes (boe) cair 5,1% tanto na base anual quanto na trimestral trimestral. Mesmo assim, o esperado pelos analistas do banco é que a companhia veja seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) crescer 49% na comparação com o mesmo período do ano passado e 14% na com o primeiro trimestre, chegando a R$ 89,1 milhões.
“Teremos um bom crescimento sequencial, principalmente pelos preços mais altos do petróleo, que subiram 13% no trimestre, e pelo aumento dos preços dos combustíveis no Brasil”, comenta o BBI. “Eles mais do que compensarão a queda de produção e o fortalecimento de 6% do real no período”.
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O Bank of America tem opinião parecida, afirmando que os preços dos petróleos e dos produtos da companhia devem “impulsionar o segundo trimestre”.
“Espera-se que os resultados subam acentuadamente tanto em relação ao ano anterior quanto em relação ao primeiro trimestre, impulsionados principalmente pelos preços mais altos do petróleo bruto e dos produtos refinados. Estimamos o Ebitda em R$ 86,8 bilhões”, dizem os analistas do banco americano.
O BofA vê o preço do petróleo saltando 15% na base trimestral, a US$ 112,85 em média, e o Ebitda deste braço ficando em R$ 76,3 bilhões. Para o segmento de refino, a perspectiva é de um Ebitda com alta de 45% no trimestre e 101% no ano, para R$ 10,5 bilhões, com “preços de produtos mais altos”.
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O Itaú BBA, por fim, vê a companhia trazendo um Ebitda ainda maior, de R$ 94 bilhões – o banco destaca, além dos fatores já mencionados, que a Petrobras tinha diesel armazenado e que deve, com isso, ter surfado na alta dos preços.
No lucro líquido, a maioria dos bancos, no entanto, vê um leve recuo na base trimestral – de 5% para o BBI, para R$ 40,8 bilhões, de 11,7% para o BBA, para R$ 39,7 bilhões, e de 8% para o BofA, para R$ 41,04 bilhões. Segundo os bancos, isso se deve por conta de efeitos não-caixa causados pela depreciação do real no fim do primeiro trimestre, que pesaram sobre a dívida em dólares.
De acordo com o consenso Refinitiv com analistas, a companhia deve registrar lucro de R$ 38 bilhões, Ebitda de R$ 83,27 bilhões e receita de R$ 162,39 bilhões.
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