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Após reportar na última semana novos pedidos que agradaram os investidores, os números apresentados nesta segunda-feira (25) pela empresa não foram tão bem recebidos.
A companhia informou que entregou 32 jatos no segundo trimestre de 2022, sendo 11 comerciais e 21 executivos.
A Embraer afirmou que sua carteira de pedidos firmes encerrou o trimestre em US$ 17,8 bilhões, o nível mais alto desde 2018 e um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.
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A carteira não inclui um novo pedido de 20 aeronaves E195-E2 pela Porter Airlines, avaliado em US$ 1,56 bilhão, que foi anunciado semana passada no Farnborough Airshow. A encomenda será adicionada aos números do terceiro trimestre, disse a Embraer.
No entanto, a carteira do segundo trimestre já inclui o pedido de oito novos jatos E175 pela Alaska Air Group, segundo a Embraer. O negócio também foi anunciado na última semana.
“O resultado das entregas ficou levemente abaixo das nossas estimativas (14 comerciais e 23 executivos)”, apontou a Eleven. Na aviação comercial foi observada uma redução no mix da família E2 (cerca de 27% do total), quando comparado ao entregue no 1T22 e 2T21 (33% e 50% respectivamente).
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“A Embraer já havia informado que o primeiro semestre do ano seria um pouco mais fraco, e sazonalmente as entregas se concentram na segunda metade do ano; Contudo, avaliando o percentual atingido da extremidade mais baixa do guidance vemos um ano mais desafiador para a empresa com uma média de 28% em 2022, enquanto em 2021 a companhia já havia entregado na média 44% ao final de junho”, avalia a Eleven. A recomendação para os ADRs (American Depositary Receipts, ou papéis negociados na Bolsa americana) ERJ é de compra, com preço-alvo de US$ 17, um valor 96% acima do fechamento da última sexta-feira (22).
Para o Itaú BBA, os números gerais foram fracos, podendo ofuscar as notícias da robusta carteira de pedidos. “As entregas ficaram um pouco em linha com nossas expectativas, o que acreditamos que deixará a empresa mais longe do topo de seu guidance para 2022 e mais perto do fundo”, avaliam os analistas. A recomendação segue outperform (desempenho acima da média) para os ADRs, com preço-alvo de US$ 21, ainda um potencial de valorização de 143% frente o fechamento de sexta.
Para o Bradesco BBI, as entregas da Embraer no 2T22 ficaram abaixo das suas estimativas de 15 aeronaves comerciais e 22 executivas. “A Embraer não informou nenhum cancelamento, confirmando nossa visão de que a demanda está sólida, mas os OEMs [fabricantes] globais dão sinais de que continuam afetados pela escassez de componentes”, avalia.
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“Em nossa opinião, isso pode resultar na entrega da Embraer no limite inferior de seu guidance para 2022 de 60-70 comerciais/100-110 aeronaves executivas, com aeronaves comerciais/executivas no segundo semestre de 2022 acelerando para 43/71 unidades, de 17 e 29 unidades no 1S22”, complementa a equipe de análise.
De forma a incorporar os dados do segundo trimestre, os analistas do BBI mantiveram recomendação outperform, mas reduzindo o preço-alvo em 2022 de US$ 26 para US$ 20,00, ou um upside de 131%. “Reduzimos nossas estimativas de receita líquida e Ebitda [lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] para 2022, esperando entregas de 60/100 aeronaves comerciais/executivas (de 65/105 anteriormente), com a Embraer mantendo esses níveis para 2023”, avaliam.
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