Fitch reafirma rating BB- do Brasil e melhora perspectiva para nota de “negativa” para “estável”

Os desafios fiscais e de crescimento persistem e as eleições de outubro de 2022 apresentam incerteza, avalia a agência, mas já capturados no rating BB-

Equipe InfoMoney

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A agência global de classificação de risco Fitch reafirmou o “rating” “BB-” (ainda em grau especulativo) e revisou nesta quinta-feira (14) a perspectiva do Brasil de “negativa” para “estável”, citando os dados das contas públicas melhores do que o esperado, apesar dos sucessivos choques nos últimos anos.

“O aperto decisivo da política monetária do Banco Central, sustentado por sua nova autonomia formal, ressalta seu compromisso de combater a inflação”, disse a agência em comunicado.

No ano passado, avalia a agência, o Brasil registrou seu primeiro superávit fiscal primário desde 2013, com o desempenho superior das receitas e o compromisso das autoridades de retirar os estímulos implementados durante a pandemia.

A Fitch destaca uma redução acentuada da relação entre dívida e PIB de 2021, seguida de outra ligeira queda em 2022, melhorando consideravelmente o ponto de partida antes de um aumento gradual projetado a partir de 2023. A agência calcula que a dívida bruta do Brasil em relação ao PIB cairá para 78,8% em 2022, de 80,3% em 2021 e 88,6% em 2020.

“A dinâmica de crescimento de curto prazo superou as expectativas anteriores da Fitch, e o progresso incremental nas reformas pode beneficiar as perspectivas de investimento de médio prazo”, avalia.

Os desafios fiscais e de crescimento persistem e as eleições de outubro de 2022 apresentam incerteza sobre como eles serão abordados, aponta a Fitch. “No entanto, esses desafios já estão capturados nos ratings ‘BB-‘ do Brasil e a Fitch espera ampla continuidade da política macroeconômica após as eleições”.

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