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A indústria de criptomoedas conquistou uma “ilusão de respeitabilidade” depois de atrair investidores com seu “jargão técnico incompreensível” e suas afirmações de que as moedas fiat entrarão em colapso, escreveu o economista Paul Krugman em sua coluna no jornal The New York Times .
No texto, publicado na segunda-feira (11), o vencedor do prêmio Nobel de Economia examinou como o mercado cripto conseguiu se vender para instituições e indivíduos respeitáveis. Ele falou que a indústria “tem sido espetacularmente bem-sucedida em seu próprio marketing, criando uma imagem de ser ao mesmo tempo de vanguarda e respeitável”, disse ele.
Krugman citou, por exemplo, o aplicativo de pagamentos digitais Venmo, que em sua página inicial convida os usuários a “começar [sua] jornada cripto”, e universidades famosas, que oferecem programas para aprender sobre criptomoedas.
“Duvido que tenha havido alguma corrupção… Ainda assim, claramente houve e há recompensas financeiras envolvidas. Não sei quanto dinheiro a Venmo ganha com pessoas comprando e vendendo criptomoedas em sua plataforma, mas certamente não está oferecendo o serviço de pura boa vontade. Se você quiser fazer, digamos, o curso de blockchain online do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), isso custará US$ 3.500.”
Com esse grau de aceitação geral, de acordo com Krugman, o mercado de criptoativos ficou “grande demais para ser regulamentado”.
Embora a recente desaceleração do setor tenha tornado a regulamentação efetiva “politicamente possível”, a oportunidade deve ser aproveitada pelos bancos centrais e outros órgãos “antes que as criptomoedas deixem de ser um mero cassino e virem uma ameaça à estabilidade financeira”, falou.
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Desde 2013, quando apelidou o Bitcoin (BTC) de “mal”, Krugman vem expressando opiniões “cripto-céticas” em várias ocasiões. Em janeiro deste ano, por exemplo, ele escreveu que viu paralelos entre as criptomoedas e a crise financeira do subprime dos anos 2000.
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