BRF: o que levou o ingresso da Marfrig
Criada da fusão entre Perdigão e Sadia, a BRF realizou nessa segunda (28) a eleição de um novo conselho de administração, indicado por seu maior acionista, a Marfrig.
Com 33,25% das ações da BRF, a Marfrig se tornou a maior acionista ao longo de 2021 com compras na bolsa, superando os fundos Previ (6,13%) e Petros (5,26%).
Sem um controlador definido, a BRF sofre há anos com a falta de alinhamento entre os seus sócios. O esperado é que as decisões se concentrem nas mãos da Marfrig.
A BRF tem histórico de problemas. Em 2008, a Sadia quase quebrou após operações desastrosas de derivativos cambiais. Como resultado foi absorvida pela antiga rival, Perdigão.
Após um dos maiores julgamentos de concorrência já vistos, a fusão foi aprovada, em 2011, com a condição da venda de várias marcas e a suspensão temporária da Perdigão e Batavo.
Superados os desafios da integração, a BRF teve novos prejuízos, por decisões equivocadas do comando que se instalou a partir de 2013, com ingresso da gestora Tarpon e Abilio Diniz.
Perda de executivos com anos de carreira, equívocos de marketing na estratégia de criar a “Ambev dos Alimentos”, junto com a Operação Carne Fraca e Trapaça, minaram a confiança dos investidores.
Saiba mais sobre a fusão nesta matéria do InfoMoney