Binance estuda comprar bancos e provedores de pagamentos no Brasil, revela CEO

Changpeng Zhao falou no último dia do Ethereum Rio

Paulo Barros

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A Binance, maior exchange de criptomoedas do mundo por volume negociado, estuda realizar diversas aquisições no Brasil, incluindo bancos e provedores de pagamentos, afirmou o CEO Changpeng Zhao durante participação no Ethereum Rio na tarde desta quarta-feira (16). Os serviços financeiros oferecidos por essas empresas seriam integrados à plataforma de criptos.

A empresa também busca reforçar o time brasileiro, que atualmente conta com cerca de 100 pessoas. “Queremos crescer para 500, mil, cinco mil”, brincou o executivo no Ethereum Rio. “CZ”, como é conhecido, tem uma das maiores fortunas do mundo, estimada em US$ 96 bilhões.

O anúncio vem dois dias depois que a empresa divulgou tratativas para comprar a corretora brasileira Sim;paul Investimentos, que tem pouco mais de um ano de atuação. A Binance assinou um Memorando de Entendimentos mostrando interesse na compra, e aguarda aval de reguladores brasileiros.

Segundo o CEO, a exchange deseja trabalhar estreitamente com reguladores e agências de governo para buscar formas de estimular o desenvolvimento da indústria de criptomoedas “de uma maneira saudável e colaborativa”.

Os planos não param por aí. “Queremos incubar mais players do setor cripto, como carteiras, serviços de pagamentos, e ajudar empreendedores, criadores de conteúdo usando NFTs, desenvolvedores de jogos play-to-earn e players do setor de e-commerce”, disse CZ.

A Binance ainda prepara o lançamento de bolsas universitárias para o mundo inteiro. Segundo Zhao, elas também estarão disponíveis no Rio de Janeiro, desde que os candidatos tenham capacitação mínima em blockchain.

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Em visita de menos de uma semana ao Brasil, o executivo também se reuniu com reguladores e políticos. Um deles foi o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), com quem conversou a portas fechadas na segunda-feira (14). A empresa não revela o assunto tratado no encontro.

O Brasil é um mercado estratégico para a Binance na América Latina. Em entrevista concedida ao InfoMoney na virada do ano, Zhao disse que enxerga no país uma avançada educação financeira, e ressaltou que bancos locais deveriam trabalhar em conjunto com exchanges de criptomoedas. Na ocasião, ele adiantou que a companhia planejava investimentos para estimular o mercado nacional.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos