A estratégia de plataforma de clientes criada pela TIM (TIMS3), com o intuito de oferecer aos seus consumidores outros serviços além da conectividade, e que rendeu parcerias com o C6 e a Ampli, iniciativa na área de educação, engordou o caixa da empresa em mais de R$ 100 milhões.
Segundo a CFO da companhia, Camille Faria, o leilão do 5G teve resultado positivo para todas as partes envolvidas: governo, empresas e, claro, consumidores e acionistas das teles. “O leilão priorizou investimentos no setor em detrimento de caixa para o governo”, disse a executiva, em live do InfoMoney.
A live faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, em que o InfoMoney entrevista CEOs e diretores de importantes companhias de capital aberto, no Brasil ou no exterior. Eles falam sobre o balanço do quarto trimestre de 2021 e sobre perspectivas. Para acompanhar todas as entrevistas da série, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.
A estimativa da TIM é investir mais de R$ 5 bilhões em infraestrutura e tecnologia, incluindo as licenças e as contribuições setoriais atreladas para construir a rede 5G e oferecê-la nas maiores cidades do país. A previsão é que o 5G entre efetivamente em funcionamento ainda no primeiro semestre de 2022.
Sobre as exigências de investimento do leilão, Camille foi enfática: “é algo que não nos preocupa, pois nossa ambição de cobertura é muito maior do que as exigências do certame”, disse. Ela citou que a TIM ainda aguarda pela limpeza e liberação das frequências para começar a liberar o sinal aos clientes.
Do que o 5G é capaz, apenas a indústria e o tempo é que vão mostrar, segundo a companhia. “Somos o meio de difusão do sinal 5G. Quem vai utilizar de fato é que vai mostrar tudo o que é possível com essa tecnologia”, disse Camille, citando como exemplos veículos guiados remotamente e a telemedicina, entre outras aplicações. “Estamos fornecendo os meios para que a indústria crie novas possibilidades de inovação”, completou.
Oi Móvel
A venda da Oi Móvel, na análise de Camille, para as três maiores empresas de telefonia do país (a própria TIM, a Claro e a Telefônica Brasil, detentora da Vivo), deve trazer benefícios para todo o setor, porque tende a incentivar uma maior competitividade entre as corporações, o que, consequentemente, resultará na busca por oferecer serviços mais atrativos e melhores aos consumidores, além da possibilidade de pequenas empresas operarem regionalmente.
A CFO disse que o valor que será desembolsado pela TIM na compra da Oi Móvel ainda não aparece nos resultados da companhia, o que deve acontecer a partir do segundo trimestre deste ano. Ela explicou que as operadoras assinaram um contrato de prestação de serviços temporários com a Oi para o processo de transição de clientes e que, por isso, só em 2024 o balanço anual da TIM vai deixar de ter o impacto da operação. “Mas já temos dinheiro em caixa suficiente para pagar tudo.”
Isso, aliás, foi um dos “remédios” impostos pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), para a aprovação do negócio. A executiva falou ainda sobre a política ESG da companhia, os planos de crescimento em cada linha de negócio e os riscos para este ano. Assista à live completa acima, ou clique aqui.
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