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Cresce a cada dia a lista de empresas que estão revendo seus negócios na Rússia após o país invadir a Ucrânia. As medidas anunciadas até agora vão desde uma pausa temporária nas vendas de produtos, como é o caso da Apple, até a venda de negócios russos, caso de algumas gigantes de energia.
Em contrapartida, o governo russo baixou na terça-feira (1º) um decreto proibindo estrangeiros de vender ativos russos, como forma de dificultar a saída de investidores do país.
As interrupções de negócios na Rússia não significam necessariamente que as empresas estejam se posicionando contra a guerra. Algumas companhias (como as americanas Master e Visa) estão cumprindo sanções impostas por países como os Estados Unidos. Outras, buscam se adiantar a riscos financeiros e de reputação ao ter negócios em um país envolvido em uma guerra.
O Do Zero ao Topo, marca de empreendedorismo do InfoMoney, reuniu a seguir as principais companhias internacionais que anunciaram medidas relacionadas às suas operações russas.
Redes sociais: TikTok, Youtube, Twitter e Facebook
A Meta – empresa dona do Facebook, Instagram e Whatsapp – anunciou na terça-feira (1º) que restringiu globalmente as contas da mídia estatal russa. A medida é semelhante à tomada pelo Twitter, que rotulou todo o conteúdo com links para a mídia estatal russa e rebaixou esse conteúdo por meio de algoritmos.
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“Além do rótulo, reduziremos a visibilidade e a amplificação desse conteúdo em todo o site, não importa de quem seja. Isso significa que os Tweets que compartilham conteúdo de mídia estatal não serão amplificados –eles não aparecerão na Pesquisa Principal e não serão recomendados pelo Twitter”, disse o porta-voz do Twitter, Trenton Kennedy.
Na segunda-feira (28) o Google anunciou o bloqueio de anúncios dos meios de comunicação estatais russos na plataforma. No domingo, a companhia já havia anunciado a desativação de algumas ferramentas do Google Maps que fornecem informações ao vivo sobre trânsito e movimentação na Ucrânia. A medida foi tomada em prol da segurança das comunidades locais no país.
Já o Youtube, que faz parte da mesma holding que controla o Goolge (a Alphabet), bloqueou os canais operados pelos meios de comunicação estatais russos. A empresa já havia interrompido temporariamente a capacidade de diversos canais russos de monetizar os vídeos publicados na plataforma.
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A rede social TikTok bloqueou canais apoiados pela Rússia, como o RT e o Sputnik, na União Europeia.
Energia
Entre as empresas de petróleo, a ExxonMobil disse na terça-feira (2) que vai deixar seu último projeto de petróleo e gás no país e não se envolverá em novos. Na segunda-feira duas outras gigantes já haviam anunciado o fim de suas parcerias com empresas russas do segmento: a anglo-holandesa Shell e a norueguesa Equinor.
A Shell detém 27,% do Sakhalin 2, seu principal negócio de GNL. O controle da operação é da gigante russa de gás Gazprom.
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O grupo de energia britânico BP informou que vai alienar sua participação na Rosneft – uma empresa de energia russa na qual detém participação de 19,75%. A companhia responde por cerca de metade das reservas de petróleo e gás da BP. O movimento pode custar mais de US$ 25 bilhões para a britânica.
Montadoras que deixaram a Rússia
A lista de montadoras que suspenderam suas atividades na Rússia é bastante extensa. A sueca Volvo Cars foi a primeira a anunciar a suspensão de remessas de carros para o mercado russo, na segunda-feira (28).
A fabricante de caminhões Volvo, que é independente da Volvo Cars, interrompeu a produção e a venda de automóveis também no início da semana.
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A Renault fechou temporariamente sua fábrica em Moscou. A companhia é dona da maior montadora do país, a Avtovaz, que possui um terço do mercado russo.
A multinacional inglesa Jaguar Land Rover e a norte-americana General Motors interromperam os embarques de veículos para a Rússia.
Já um porta-voz da BMW disse ao Wall Street Journal que vai parar com a produção e exportação para o mercado russo por tem indeterminado. A Daimler Truck, maior fabricante de caminhões do mundo, tomou decisão similar.
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The Walt Disney
A The Walt Disney Company, dona de Marvel Studios, 20th Century Studios e Pixar anunciou na segunda-feira que está pausando o lançamento de seus filmes na Rússia “dada a invasão da Ucrânia e a trágica crise humanitária”.
Apple
Na terça-feira (1º) a Apple informou que interrompeu todas as vendas de produtos na Rússia. “Estamos profundamente preocupados com a invasão russa da Ucrânia e estamos com todas as pessoas que estão sofrendo como resultado da violência”, afirmou.
Adidas e Nike
A fabricante de roupas esportivas alemã suspendeu sua parceria com a Federação Russa de Futebol (RFS) — terminando um contrato que começou em 2008. A decisão da Adidas aconteceu depois que o Manchester United anunciou que encerrou seu acordo de £ 40 milhões com a companhia aérea russa Aeroflot.
Já a americana Nike suspendeu suas vendas online na Rússia na terça-feira (1º) porque “não pode garantir a entrega aos cliente no país”, disse a marca. Os clientes estão sendo direcionados para as lojas locais da companhia.
Visa e Mastercard
As duas principais bandeiras de cartões americanas bloquearam diversas instituições financeiras russas de suas redes, cumprindo as sanções do governo impostas pelo governo dos EUA após a invasão da Ucrânia por Moscou.
Visa e Mastercard também anunciaram na segunda-feira (28) que doarão US$ 2 milhões cada para ajuda humanitária.