Investimentos em ações: Brasil é País mais promissor da AL, segundo JP Morgan

A expansão da classe média e o crescimento do País no cenário econômico global são pontos que destacam o Brasil na região

Diego Lazzaris Borges

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SÃO PAULO – Quando o assunto é investimento em ações, o Brasil é o País mais promissor da América Latina para investidores internacionais. De acordo com pesquisa do banco JP Morgan, 68% dos investidores estrangeiros disseram que o Brasil é o País latino-americano que mais tem chances de proporcionar bons negócios no mercado de renda variável até, pelo menos, a Copa do Mundo de 2014.

Segundo o levantamento, a expansão da classe média, o crescimento do País no cenário econômico global, a estabilidade do Governo, a moeda forte e a riqueza de recursos naturais são alguns pontos que destacam o Brasil como uma boa opção para os investidores estrangeiros.

Governança corporativa
A pesquisa mostrou ainda que, para 55% dos investidores estrangeiros, o Brasil é o país que mais adota boas práticas de governança corporativa na AL.

Entre os pontos de destaque, eles citam as normas de listagem dos ativos por conta do Novo Mercado, a transparência das informações e o tag-along (mecanismo que garante maior proteção para os acionistas minoritários em caso de venda da companhia).

Por outro lado, 23% dos entrevistados consideram que o País tem os mais baixos padrões de governança corporativa da região.

Outros países
A Colômbia aparece em segundo lugar como país mais promissor da AL até 2014 para os investidores estrangeiros, citada por 38% dos entrevistados.

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Em terceiro lugar estão o Chile e México, com 25%, seguidos de Peru (18%) e Argentina (8%).

No geral, os investidores estrangeiros se dizem otimistas com a América Latina, por conta do crescimento econômico dentro do esperado, a melhoria nas práticas de governança corporativa, os baixos níveis de dívida, os recursos naturais e o desenvolvimento contínuo dos mercados de capitais.

Pesquisa
Para a pesquisa, foram entrevistados 40 investidores institucionais (20 norte-americanos e 20 europeus) entre junho e julho de 2011.

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Esses investidores possuem sob sua gestão US$ 1,3 trilhão, dos quais US$ 57,3 bilhões estão investidos em ações de empresas latino-americanas. A maioria (65%) é gerente de investimento tradicionais e 35% atuam com fundos de hedge.

Diego Lazzaris Borges

Coordenador de conteúdo educacional do InfoMoney, ganhou 3 vezes o prêmio de jornalismo da Abecip