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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira, 22, que o governo pretende reduzir em 25% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Em meio a disputas com a ala política do governo, que defende medidas de aumento de gastos, Guedes afirmou que a proposta de redução do tributo conta com o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do ministro chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, e do presidente da República, Jair Bolsonaro.
“Com redução do IPI, vamos reindustrializar o Brasil. A indústria brasileira está sofrendo nas ultimas décadas com impostos altos, juros altos e encargos tributários”, completou Guedes, em conferência organizada pelo BTG Pactual.
No início do mês, o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) antecipou que o governo estudava uma redução entre 15% e 30% do IPI. A redução de 30% impactaria em R$ 24 bilhões a arrecadação de tributos, o que também diminuiria o repasse do imposto aos Estados (metade da arrecadação do IPI vai para o caixa dos governadores).
A ideia em discussão é reduzir a alíquota incidente sobre todos os produtos, para não beneficiar setores.
Guedes disse ainda que, apesar do ano eleitoral, a equipe continuará trabalhando “até o último dia”, e lembrou que os presidentes da Câmara e do Senado também sinalizaram nesse sentido. “Faremos a reforma tributária no devido tempo, vamos trabalhar até o último dia. Vamos trabalhar o tempo inteiro, enfrentar as eleições trabalhando”, completou.
Salários do funcionalismo público
O ministro da Economia questionou ainda intenções no sentido de reposição de salários do funcionalismo público este ano. Ressaltou que, em ano eleitoral, o “movimento de recuperação de finanças” não deve ser anulado.
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“Perdas salariais foram sofridas no mundo inteiro. Vamos, com ideia de buscar reposições, mergulhar em passado tenebroso de recessão ou vamos assumir o orçamento público e dizer que não tem isso agora?”, questionou o ministro.
Críticas a analistas econômicos
Durante o evento, Guedes voltou a repetir que os analistas econômicos “vão errar de novo” este ano. “Analistas se equivocaram porque se contaminaram pela barulheira política”, disse o ministro.
Para ele, o Brasil “é a maior fronteira de investimentos aberta em todas as direções” com R$ 829 bilhões contratados para investimentos nos próximos anos.
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