Confiança do consumidor brasileiro começa ano em queda para mínima em 9 meses, mostra FGV

Dado foi afetado pela percepção incerta sobre a situação econômica geral e as finanças familiares

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – A confiança do consumidor brasileiro voltou a cair e bateu uma mínima em nove meses em janeiro, afetada pela percepção incerta sobre a situação econômica geral e as finanças familiares, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE caiu 1,4 ponto em janeiro, para 74,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice cedeu 0,7 ponto, para 74,8 pontos, após ter se mantido relativamente estável no mês anterior.

O número de janeiro é o menor desde abril passado (72,5), em dado dessazonalizado.

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“A confiança dos consumidores inicia 2022 em queda, influenciada pelo aumento do pessimismo em relação aos próximos meses”, disse Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das Sondagens.

Segundo ela, a retomada do auxílio emergencial e uma percepção mais favorável sobre o mercado de trabalho parecem ter contribuído para a redução da distância entre a confiança dos consumidores de alta e baixa renda.

A piora das expectativas com relação à situação econômica geral e às finanças familiares, no entanto, sugerem que a relativa satisfação com a situação corrente em janeiro pode ser temporária, havendo ainda muita incerteza quanto à evolução do endividamento das famílias de baixa renda.

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“A mudança desse cenário continuará dependendo da recuperação do mercado de trabalho, controle da inflação, e redução da incerteza, num ano que se inicia com surto de Ômicron e Influenza e termina com as eleições”, afirmou Bittencourt.