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2022 parece ter começado com ânimo para os investidores brasileiros, apesar da grande expectativa com as eleições no segundo semestre. A mínima do ano foi alcançada na primeira semana do ano e, depois de então, máximas atrás de máximas vêm sendo superadas. No quarto dia de alta consecutiva na semana, o Ibovespa, índice mais relevante da B3 e que baliza as altas e baixas da Bolsa brasileira, rondou mais uma vez a região dos 110 mil pontos.
Em dezembro, o Ibovespa teve máxima de 109.492 pontos. Esse patamar foi ultrapassado no dia 20 (última quinta-feira) e, depois, no dia 21/01 (sexta-feira), mostrando o ímpeto de recuperação do nosso mercado. Um novo sinal de alta será concretizado com o primeiro fechamento acima dos 110 mil pontos.
Os principais fatores que trazem otimismo aos investidores são a recente alta das commodities no mercado global e, internamente, a queda dos juros e da moeda americana. Esses fatores foram cruciais para o descolamento da nossa Bolsa em relação ao mercado americano e europeu.
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Em Nova York, inclusive os principais índices apresentaram sinais negativos ao longo da semana passada, reagindo aos números abaixo do esperado dos balanços de empresas, com destaque negativo para os resultados da Netflix.
Excluindo os resultados de empresas americanas abaixo do esperado, a expectativa de início de aperto monetário diante da inflação crescente nos Estados Unidos, em março, também dificulta a recuperação do mercado americano.
No mercado europeu, o fator predominante para a aversão ao risco segue sendo a inflação acima do esperado. Ao longo da semana, o Banco Central Europeu (BCE) divulgou a maior inflação mensal da história. A meta da inflação da Zona do Euro para este ano é de 2%, sendo que só o avanço do mês de dezembro foi de 5%.
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No Brasil, existem alguns marcos que contribuem para a alta da nossa Bolsa como a entrada relevante de fluxo estrangeiro nos últimos meses e investidores institucionais brasileiros voltando a procurar o mercado de renda variável.
Por fim, mais um motivo que nos leva a acreditar em uma maior recuperação do mercado interno é o fato de que o Brasil é um dos países com a pior performance global acumulada nos últimos meses.
Para se ter uma ideia, as empresas do Ibovespa negociam em média a um múltiplo de oito vezes o lucro, sendo que o mercado americano negocia acima de 16 vezes o lucro. Isso mostra como o nosso mercado demorou para se recuperar da queda da Covid e, na contramão, a rápida recuperação americana. Ou seja, seria correto acreditar que o Brasil é um forte candidato para uma recuperação.
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Abaixo, vemos o gráfico do Ibovespa e os possíveis patamares de retração de Fibonacci:
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